Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: refinaria é alvo de investigações da Operação Lava Jato (Oscar Cabral/VEJA)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 18h20.
Rio - Com previsão para dar partida em novembro, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, alvo de investigações da Operação Lava Jato, já tem autorização para receber e armazenar petróleo em seus tanques.
A liberação foi definida na última reunião de diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), no dia 10 de setembro. Antes, entretanto, a diretoria também já tinha autorizado um recebimento de carga no dia 4.
A carga, com volume não revelado pela agência reguladora, foi direcionada para o tanque TQ 61008, em preparação para a partida da refinaria, prevista para novembro.
A diretoria da Petrobras, na última apresentação de resultados, confirmou o início das operações para o primeiro trem da refinaria naquele mês. O segundo está previsto para janeiro de 2015.
Orçada inicialmente em US$ 2 bilhões, a refinaria tem estimativa atual de custo de US$ 20,1 bilhões.
As operações e contratos referentes à construção da unidade são alvo de investigação pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por suspeitas de superfaturamento e fraude em licitações.
Há suspeitas de que os contratos tenham sido direcionados e utilizados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa para desviar recursos para contas no exterior, além de pagamento de propina a políticos e partidos aliados do governo, como PMDB, PT e PP.