Merenda em escola do Espírito Santo: médica nacional aprova quantidade de comida servida (Edi Vasconcelos/NOVA ESCOLA)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2011 às 13h30.
São Paulo – Nos últimos oito anos, os recursos federais destinados à alimentação escolar saltaram de aproximadamente R$ 954 milhões para mais de R$ 3 bilhões, o que representa aumento em torno de 319%. O potencial desses recursos para transformar a realidade do país foi discutido nesta quinta-feira (24), no Painel Agronegócios: Alimentação, dentro da programação do 4º Fomenta Nacional, em São Paulo.
Os dados foram apresentados por Maria Luiza da Silva, coordenadora de Monitoramento e Avaliação da Agricultura Familiar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ela também informou que, no ano passado, 2.606 municípios e 15 estados adquiriram produtos dos agricultores familiares.
Segundo Maria Luiza, o Brasil virou referência internacional na alimentação escolar. “Dialogamos não apenas com nações pobres. Também mostramos nossas experiências a países como Alemanha e Estados Unidos”, contou.
Maria de Fátima Menezes, diretora da organização não governamental (ONG) Ação Fome Zero, falou da atuação de sua entidade. A ONG realiza parcerias voltadas para a alimentação escolar com o governo federal e outras instituições, como o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda. A cerimônia de premiação deste ano aconteceu na quarta-feira (23).
Em oito edições, 2,6 mil municípios já passaram por avaliação do prêmio. Em 2011, 20 cidades venceram e outras 20 se destacaram pelo incentivo ao consumo de alimentos orgânicos e pela valorização da biodiversidade. “Os municípios reconhecidos se tornam referência em suas regiões e ajudam a disseminar boas práticas a outras prefeituras”, disse a diretora.
Maria de Fátima também destacou em sua apresentação projetos municipais para compra de produtos da agricultura familiar. Ela citou o caso de Araxá (MG), que implementou a lei antes mesmo do governo federal. No mesmo estado, apontou o caso de Governador Valadares, onde a prefeitura passou a comprar doce de banana de uma cooperativa de mulheres.