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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h57.
A queda é pequena, mas a popularidade do governo Lula parou de recuperar-se, sem atingir os níveis do início do mandato. Esta é uma das conclusões da pesquisa realizada pelo Ibope para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta terça-feira (22/3). No segundo semestre do ano passado houve um crescimento da avaliação positiva do governo Lula, que partiu de 29% de respostas avaliando o governo como ótimo ou bom em junho (o pior nível detectado desde o início da gestão) e chegou a 41% em novembro. Agora, a primeira pesquisa de 2005 revela uma oscilação negativa dos 41% de novembro para 39% em março. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O grupo dos que rotulam o governo como "ruim/péssimo" oscilou de 16% para 17%. Os que o qualificam como regular permanecem em 41%, e quem não sabe responder avançou de 2% para 3%. Uma das responsáveis pelo resultado é a deterioração das expectativas de emprego. O grupo dos que acreditam que nos próximos seis meses o desemprego vai aumentar saltou 9 pontos percentuais em três meses, de 43% para 52%.
Na segunda pergunta formulada pelo Ibope ("você aprova ou desaprova a maneira como o presidente Lula está governando o Brasil?"), a aprovação caiu de 62% em novembro para 58% em março. A desaprovação cresceu de 30% para 33%. A exceção ocorre na periferia das grandes cidades, onde houve crescimento da aprovação.
A proporção dos que consideram o governo Lula melhor do que o governo de Fernando Henrique Cardoso cresce de 49% em novembro para 52% em março. O patamar é dez pontos percentuais superior ao registrado em junho do ano passado, e apenas 3 pontos abaixo do apurado em setembro de 2003.
Sucesso e fracasso
As ações da administração federal que estão obtendo os melhores resultados, na opinião dos consultados, são o combate à fome e à pobreza (35%, ante 42% há um trimestre) e educação (21%, ante 15%). Os piores desempenhos foram atribuídos à segurança (30% das menções), desemprego (30%) e saúde (25%). Além disso, a política de impostos do governo é desaprovada por 68% dos entrevistados.
Sucessão
O prefeito do Rio de Janeiro César Maia (PFL) é o destaque das simulações do pleito presidencial realizadas pelo Ibope, chegando a 13%, ante 5% em novembro, na hipótese de disputa com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Veja abaixo o resultado das simulações:
Cenários eleitorais (em % de intenções de voto para presidente) | ||||||
nov/04 |
mar/05 |
nov/04 |
mar/05 |
nov/04 |
mar/05 | |
Lula |
42 |
39 |
47 |
42 |
49 |
43 |
Serra |
33 |
27 |
|
|
|
|
Alckmin |
|
|
15 |
12 |
|
|
Aécio |
|
|
|
|
9 |
7 |
Garotinho |
8 |
7 |
14 |
12 |
16 |
12 |
Maia |
3 |
8 |
5 |
12 |
5 |
13 |
Fonte: CNI/Ibope |