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Receita recebe arquivos sobre contas de brasileiros na Suíça

Do total de 5.581 contas, entre ativas e inativas, mantidas por brasileiros, 1.702 tinham saldo ao final de 2006, período abarcado na lista do "Swissleaks"


	Logo do banco HSBC: a Receita informou que continuará a pesquisa para identificar os correntistas e pessoas físicas relacionadas
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Logo do banco HSBC: a Receita informou que continuará a pesquisa para identificar os correntistas e pessoas físicas relacionadas (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 17h30.

Brasília - A Receita Federal recebeu do governo francês informações sobre contribuintes brasileiros titulares de contas correntes no HSBC da Suíça. Em nota, o órgão informou que foram enviados 8.732 arquivos eletrônicos, cada um supostamente com o perfil de um cliente brasileiro do banco. A receita tenta identificá-los.

Já foram identificados 7.359 perfis, dos quais 7.243 contribuintes. "Há casos de pessoas com múltiplos perfis de cliente", explicou a Receita, em nota.

Foram descobertas 5.581 contas, entre ativas e inativas, mantidas por brasileiros. Desse total, 1.702 contas tinham saldo ao final de 2006, período abarcado pela lista de correntistas do banco que foi vazada no episódio que ficou conhecido como "Swissleaks".

"A Receita Federal solicitou ao Banco Central, no dia 8 de maio, informações sobre um primeiro conjunto de registros para buscar elementos para identificação de indícios de possíveis práticas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro", informou o órgão, acrescentando que está fazendo um cruzamento dos CPFs com sua base de dados para fiscalização também do período de 2011 a 2014.

Nesse universo, foram identificados 736 pessoas que morreram. Do restante, há ainda 264 estrangeiros, 263 CPFs suspensos, 97 cancelados, 15 pendentes de regularização e um nulo. Ainda não foram identificados 1.129 nomes.

A Receita informou que continuará a pesquisa para identificar os correntistas e pessoas físicas relacionadas, além dos herdeiros dos correntistas que já morreram, servidores públicos e pessoas "politicamente expostas". Será feita ainda análise de vínculos entre os contribuintes identificados.

Também ocorrerá troca de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Banco Central, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

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