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"Receita Federal do Brasil" e "Unesco Doação": empresas são suspensas por suspeita de golpes via Pix

Ação do governo de São Paulo suspendeu mais de 2 mil empresas abertas com nomes similares a órgãos públicos e redes de varejo para enganar consumidores

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 17h49.

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O Governo de São Paulo suspendeu nesta sexta-feira, 6, as inscrições estaduais de 2.128 empresas envolvidas em esquemas fraudulentos utilizando o Pix. A operação, chamada "Olho no Pix", identificou que essas empresas eram criadas com nomes similares a órgãos públicos e redes de varejo para enganar consumidores, aplicando golpes financeiros, incluindo fraudes relacionadas ao IPVA.

A ação foi coordenada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP), com apoio da Diretoria de Fiscalização (Difis) e da Diretoria de Gestão, Atendimento e Conformidade (Diges).

Auditores da Assistência Fiscal de Monitoramento e Inteligência (AFMI) e da Delegacia Regional Tributária da Capital (DRTC-III) descobriram que os criminosos aproveitavam a facilidade do Balcão Único para criar empresas falsas e desviar pagamentos feitos por Pix ou boletos para contas fraudulentas.

Das 2.128 empresas suspensas, apenas uma solicitou reativação, e ficou sujeita a análises fiscais mais rigorosas, informou o governo de São Paulo.

Os investigadores detectaram nomes como "Receita Federal do Brasil", "Unesco Doação Ltda." (utilizada durante a campanha Criança Esperança), "Detran Estadual Ltda.", "Magalu Financeiro Ltda.", "Pagamentos Dasmei Simples Ltda.", "Setor de Pagamentos Ltda." e "Pagamentos Ambev Distribuidora Ltda.".

A Receita Federal, a Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e a Sefaz-SP realizaram trabalho conjunto para suspender as empresas envolvidas nos esquemas. A Jucesp também emitiu uma portaria listando exemplos de nomes proibidos para evitar novos casos.

Com o apoio de tecnologias de machine learning, foi implementado um sistema que bloqueia automaticamente solicitações de abertura de empresas com indícios de fraude, além de restringir os contadores envolvidos.

A investigação também apontou que muitos dos sócios dessas empresas recebiam auxílio emergencial, indicando o uso de "laranjas" sem condições financeiras reais. Os responsáveis enfrentarão sanções civis e criminais, conforme os dados fiscais apurados.

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