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Receita aponta incremento patrimonial de filha de Vaccari

Seu patrimônio passou de R$ 441.704,58 em 31 de dezembro de 2012 para R$ 1.036.380,37 em 31 de dezembro de 2013


	João Vaccari Neto: houve um incremento patrimonial de aproximadamente R$ 724 mil, segundo os auditores da Receita
 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

João Vaccari Neto: houve um incremento patrimonial de aproximadamente R$ 724 mil, segundo os auditores da Receita (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 14h43.

Curitiba e São Paulo - A Receita Federal apontou "significativo incremento patrimonial" da filha do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na manhã desta quarta feira, 15, em São Paulo, quando saía de sua casa para uma caminhada.

Relatório fiscal que embasou a ordem de prisão do tesoureiro e de sua cunhada, Marice, revela que Nayara Vaccari declarou rendimentos isentos e não tributáveis de R$ 311.680,44, sendo que seu patrimônio passou de R$ 441.704,58 em 31 de dezembro de 2012 para R$ 1.036.380,37 em 31 de dezembro de 2013.

"Ou seja, um incremento patrimonial de aproximadamente R$ 724 mil", anotaram os auditores da Receita no documento enviado a força tarefa da Operação Lava Jato.

Os auditores anotam que o valor (R$ 724 mil) "só pôde ser rastreado" com um suposto empréstimo contraído da tia de Nayara, Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro, e uma suposta doação da mãe, Giselda Vaccari.

A Receita destaca que a doação de R$ 280 mil declarada por Nayara não circulou em sua conta corrente "em que pese tenha sido sacado e, espécie da conta de Giselda".

O rastreamento fiscal mostra que um valor de R$ 280 mil aparece, de fato, nos extratos bancários de Nayara, mas valor relativo a um depósito realizado pela Viena de Indaiatuba Inc Imobiliária.

"Desconhece-se qualquer negócio entre Nayara e Viena que justificasse a transferência.

"Há suspeitas fundadas de que o depósito da Viena seja pagamento de vantagem indevida, sendo que a simulação de doação serviu apenas como estratagema para legitimar o recebimento do valor na conta corrente", assinala a força tarefa da Lava Jato.

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