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Real valorizado faz indústria brasileira importar mais

Custo elevado de produção também têm levado as empresas a tomarem decisões radicais para tentar garantir parcelas de mercado devido à competição com importados

Vulcabras decidiu que irá montar uma fábrica de calçados no Oriente, possivelmente na Índia (Germano Luders/EXAME)

Vulcabras decidiu que irá montar uma fábrica de calçados no Oriente, possivelmente na Índia (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 08h05.

São Paulo - O real valorizado e o elevado custo de produção no Brasil têm levado as empresas a tomarem decisões radicais para tentar garantir parcelas de mercado frente ao aumento da competição dos importados. Algumas passam a transferir parte da produção para outros países ou até a fechar unidades no Brasil.

Sem condições de igualdade para disputar mercado no exterior, a Vulcabras Azaleia decidiu montar uma fábrica de calçados no Oriente, possivelmente na Índia, de onde pretende exportar produtos para países da América Latina, como México, Colômbia, Chile e Peru, incluindo até mesmo o Brasil. Para isso, a empresa vai usar o dinheiro que arrecadar com uma oferta pública primária de ações, cujo montante não foi revelado. Os recursos também poderão ser usados em aquisições estratégicas, informa a empresa na minuta do prospecto preliminar encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No mês passado, a Philips fechou a fábrica de lâmpadas automotivas que mantinha há 43 anos no Recife e passou a abastecer o mercado de produtos importados de suas unidades na Ásia e na Europa. Em nota, a empresa alega que o alto custo de produção no País tira competitividade do produto. A decisão custou a demissão de cerca de 500 trabalhadores.

Maior fabricante mundial de laminados de alumínio, a americana Novelis fechou sua fábrica em Aratu, região metropolitana de Salvador. Com a medida, 500 pessoas perderam o emprego às vésperas do Natal. Segundo a Novelis, os responsáveis são o câmbio valorizado e o alto custo da energia elétrica, que representa 35% do custo do produto acabado e que subiu 51% em seis meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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