Lúcio Vieira Lima: “O PMDB ainda não fechou questão sobre o assunto, mas enxerga com naturalidade uma eventual reeleição de Maia” (Facebook/Página oficial Lucio Vieira Lima)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 15h33.
Última atualização em 26 de dezembro de 2016 às 16h14.
São Paulo – O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) tem uma certeza: quer ser o novo vice-presidente da Câmara dos Deputados, a partir de fevereiro de 2017.
Em entrevista a EXAME.com, o peemedebista não escondeu suas ambições para o próximo ano e disse que tem feito ligações para conquistar o apoio de parlamentares a sua candidatura.
“Não sei se [Rodrigo] Maia será reeleito no comando da Casa. Só sei que eu quero ocupar a vice-presidência da Casa para trabalhar diretamente na articulação para aprovar medidas importantes para o governo”, afirmou o irmão de Geddel Vieira Lima, que ocupou a secretaria do Governo até meados de dezembro.
Para Lúcio Vieira Lima, o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) se fortaleceu nos últimos dias após o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) ter sinalizado que vai apresentar parecer na Comissão de Constituição e Justiça favorável à sua reeleição.
“O PMDB ainda não fechou questão sobre o assunto, mas enxerga com naturalidade uma eventual reeleição de Maia”.
De acordo com o peemedebista, a reforma da Previdência será aprovada com facilidade na Câmara ainda no primeiro semestre de 2017. “A meta do presidente é entregar o país arrumado ao seu sucessor”, disse Vieira Lima.
Otimista, o irmão de Geddel afirmou que a aprovação das reformas é determinante para resgatar a confiança dos investidores internacionais no mercado brasileiro.
Indagado se o resultado da votação do projeto de renegociação da dívida dos Estados representou um enfraquecimento do governo do presidente Michel Temer (PMDB), Vieira Lima reforçou que a “base do governo está sólida como nunca”.
“Você me pergunta se a aprovação do projeto da renegociação foi uma afronta ao governo. Não, não foi. Pelo que eu sei o Poder Legislativo não tem que assumir eventuais desgastes pelo Executivo”, afirmou o parlamentar, se referindo a uma eventual reação negativa dos estados caso as contrapartidas fossem aprovadas.
O deputado federal do PMDB disse ainda que não há em curso qualquer estratégia para “queimar” o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“Aprovamos o texto e enviamos para a sanção do presidente Temer. Se ele quiser incluir as contrapartidas dos Estados para terem acesso a ajuda, ele tem toda a liberdade para isso”, concluiu Vieira Lima.