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Quer melhorar as cidades? "É só devolvê-las às pessoas"

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	 Ana Luiza Herzog, editora da revista EXAME, Oded Grajew, da Rede Nossa São Paulo, Miguel Lago, do Meu Rio, Maria do Socorro Mendonça, do Instituto Nossa Ilhéus e Juliano Seabra, da Endeavor
 (Lela Beltrão / EXAME)

Ana Luiza Herzog, editora da revista EXAME, Oded Grajew, da Rede Nossa São Paulo, Miguel Lago, do Meu Rio, Maria do Socorro Mendonça, do Instituto Nossa Ilhéus e Juliano Seabra, da Endeavor (Lela Beltrão / EXAME)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 14h46.

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São Paulo - Cidades são feitas para pessoas. Mas os jogos de poderes inerentes à gestão desses espaços urbanos muitas vezes acabam por torná-los inimigos da boa qualidade de vida. Como mudar esse quadro? Basta devolvê-las às pessoas.

Colocando de uma maneira bem simples, trata-se de dar à população a capacidade de monitorar o que os gestores públicos e legisladores estão fazendo. E mais: municiar cada cidadão com instrumentos para intervir, efetivamente, nos rumos da cidade.

Esta é a receita, segundo um grupo inspirador de empreendedores sociais que participaram do EXAME Fórum Sustentabilidade, nesta quarta-feira, em São Paulo.

"Se você quer fazer diferença e impactar positivamente tem que agir a partir da sociedade civil. Por isso, formamos uma rede para tornar São Paulo mais sustentável. É preciso alcançar as políticas públicas e fazê-las responder à demanda popular”, disse Oded Grajew, da Rede Nossa São Paulo.

Criada em 2007, a Rede busca mobilizar a sociedade e o governo paulista com uma agenda de sustentabilidade e um conjunto de metas para melhorar a qualidade de vida na cidade.

Segundo Grajew, os problemas que assolam os grandes centros urbanos – poluição, trânsito caótico, falta de espaços de convivência, etc – são frutos de uma ótica utilitarista individual e temporária. Em geral, diz ele, os governantes se preocupam pouco com projetos de longo prazo que garantam benefícios perenes.  

“São adotadas políticas, em geral, de curto prazo, de baixa qualidade e planejamento, que demonstram desconhecimento sobre instrumentos importantes de gestão”, critica, referindo-se à falta de indicadores para avaliar a qualidade da vida em uma cidade.

“Raríssimas cidades conhecem seus indicadores e estabelecem metas e fazem o planejamento baseado nelas”.

A falta de indicadores também pode atrasar o fortalecimento de uma cultura empreendedora no país. “Durante muito tempo, acreditamos que para promover o espirito empreendedor e mudar o país, bastava trabalhar com o individuo. Mas descobrimos que não é bem assim”, disse Juliano Seabra, da Endeavor, organização de fomento ao empreendedorismo.

“Precisamos de um ambiente de negócios favorável, inspiração e capacitação”, afirmou. Mas como medir o nível de estimulo de um país para gerar novos empreendedores?  E como cobrar melhorias?

“Nosso maior desafio é a falta de indicadores comparáveis para pressionar por mobilização. Temos que fazer o trabalho que o governo não o faz, o de pesquisa”, lamenta.

 Monitoramento “cerrado”

Atualmente, uma em cada duas pessoas no mundo mora em cidades. No Brasil, a taxa é de 8 em cada 10. Problemas globais, como mudanças climáticas, crise energética e degradação ambiental nada mais são do que a amplificação de problemas locais.

Felizmente, é nas cidades que os cidadãos têm mais chance de agir. Com esta ideia em mente, o grupo Meu Rio trabalha há três anos para intervir na governança da cidade do Rio de Janeiro. Formado por mais de 170 mil cariocas, a rede já conseguiu mudar os rumos de mais 20 políticas públicas, segundo seu fundador, Miguel Lago.   

 “A mobilização ocorre por plataformas com diferentes níveis de engajamento. Temos a Panela de Pressão, por exemplo. Quando um carioca cria uma mobilização, digamos denunciando um problema de esgoto no bairro, nosso sistema encontra o contato do responsável publico direto e manda um email. A grande vantagem é que cria um canal de comunicação direta”, disse.  

Uma das vitórias da mobilização social foi a criação da primeira delegacia Especializada na Localização de Pessoas Desaparecidas na cidade, inaugurada em junho, na Cidade da Polícia, no Jacaré.

Bem longe do Rio e de São Paulo, Maria do Socorro Mendonça coordena o Instituto Nossa Ilhéus, na Bahia, inspirado na Rede Nossa São Paulo.

O movimento tem duas frentes. A ação de “De Olho na Câmara” acompanha tudo que se passa nas audiências da Casa.  “Nós descobrimos que os  vereadores recebem subsidio por sessão, assinam e desaparecem”, contou indignada.

 Outra linha é a “Cultivando cidadania”, que promove a sinergia na rede. O grande desafio, segundo Maria, é fazer as pessoas conhecerem Ilhéus.

“Nem os legisladores conhecem nossa cidade”, disse. “Para alcançar a sustentabilidade é preciso exterminar a ignorância, porque o que existe de mais democrático no pais, hoje, é a ignorância. Precisamos fazer com que as pessoas se interessem pela cidade e se sintam parte dela”, concluiu, sob aplausos. 

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