Esplanada do ministérios em Brasília 21/4/2020 (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 20h23.
Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 12h01.
A configuração da Esplanada dos Ministérios a partir de 2023 começou a ser definida na sexta-feira, 9, com o anúncio de cinco ministros do próximo governo: da Fazenda; da Casa Civil; da Justiça e Segurança Pública; da Defesa e das Relações Exteriores.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou os primeiros nomes em coletiva de imprensa, em Brasília. A partir da próxima semana, depois da diplomação, o presidente eleito deve definir o comando de outras pastas.
Veja quem são os ministros anunciados até agora:
O petista Fernando Haddad comandará o Ministério da Fazenda a partir de 2023. A pasta será recriada a partir da divisão do atual Ministério da Economia em três: Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Filiado ao PT desde a década de 1980, Haddad já foi assessor do antigo Ministério do Planejamento (2004), ministro da Educação (2005 a 2011) e prefeito de São Paulo (2012 a 2017). Em 2018, foi escolhido pelo partido para concorrer à Presidência, quando Lula estava preso, e perdeu para Jair Bolsonaro. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de São Paulo para Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O atual governador da Bahia, Rui Costa (PT), será ministro-chefe da Casa Civil de Lula a partir de 2023. O baiano foi eleito para o governo do estado em 2014 e reeleito em 2018, em primeiro turno, para um mandato que acaba em 31 de dezembro de 2022.
Rui Costa já foi vereador (2004) e deputado federal (2010). Deixou a Câmara em 2012 para assumir a Casa Civil do estado da Bahia, durante a gestão de Jaques Wagner (PT). Em 2007, foi secretário de Relações Institucionais do governo baiano.
Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão, pedirá licença do mandato de senador, que assume no ano que vem, para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Mais para a frente, a pasta pode ser dividida em duas, uma da Justiça e outra da Segurança Pública.
Dino iniciou a carreira política em 2006, quando foi eleito deputado federal. Antes disso, passou mais de dez anos atuando como juiz federal. Após o fim do mandato na Câmara, em 2011, foi nomeado presidente da Embratur, cargo que ocupou até ser eleito governador do Maranhão pela primeira vez, em 2014. Em 2018, foi reeleito para o governo maranhense. Renunciou ao cargo em 2022, para concorrer ao Senado.
José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), será ministro da Defesa, pasta à qual estão vinculados o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Com a nomeação do político, as Forças Armadas voltarão a ser comandadas por um civil.
Múcio foi deputado federal entre 1991 e 2007, quando assumiu o Ministério das Relações Institucionais do governo Lula. Ficou na pasta até 2009. Naquele ano, Lula o indicou para o TCU. Ele exerceu o cargo de ministro do tribunal de contas até a aposentadoria, em 2020.
O Ministério das Relações Exteriores será chefiado pelo diplomata Mauro Vieira a partir de 2023. Atual embaixador do Brasil na Croácia, Vieira já esteve à frente do Itamaraty, no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), mas foi exonerado após o impeachment da ex-presidente.
Durante os governos petistas, Vieira foi embaixador do Brasil na Argentina (2004 a 2010) e nos Estados Unidos (2010 a 2015), antes de ser designado para a Croácia, no governo Bolsonaro. Em 2016, foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer para representar permanentemente o Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).
LEIA TAMBÉM: