Lula e Bolsonaro são os nomes que estão à frente na disputa pela Presidência da República (SOPA Images/Andressa Anholete/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2022 às 10h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2022 às 17h57.
O cenário da disputa pela Presidência da República tem 11 nomes que se colocam como opção para assumir o Palácio do Planalto. Os três que mais pontuam nas pesquisas de intenção de voto são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
O período de convenções partidárias, quando as legendas lançam oficialmente os candidatos, terminou em 5 de agosto. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro, enquanto o segundo, se houver, será em 30 de outubro.
Nos últimos meses, nomes que antes eram apontados como possíveis adversários na corrida presidencial desistiram de concorrer, como o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).
Roberto Jefferson (PTB) teve a candidatura indeferida pelo TSE em 1º de setembro. No lugar dele, o partido pediu o registro de Padre Kelmon como candidato à Presidência. Em 6 de setembro, a Corte Eleitoral também rejeitou a candidatura de Pablo Marçal (Pros).
Veja quem vai concorrer:
A candidatura de Ciro Gomes foi confirmada em convenção do partido em 20 de julho, mas há meses o pedetista se coloca como alternativa entre Lula e Bolsonaro. Ele figura em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Aos 64 anos de idade, o ex-ministro e ex-governador do Ceará tenta pela quarta vez assumir o Palácio do Planalto -- ele se candidatou ao cargo em 1998, 2002 e 2018. No último pleito, quatro anos atrás, teve o apoio de 13,3 milhões de eleitores, 12,47% dos votos válidos, no primeiro turno.
José Maria Eymael tem 82 anos de idade e tenta pela sexta vez ser eleito presidente da República. Empresário e advogado, ele foi correligionário do ex-presidente Jair Quadros, eleito em 1960, e esteve ao lado de Ulysses Guimarães e Mário Covas em 1988 durante a Assembleia Nacional Constituinte.
Em 1998, disputou a presidência da República pela primeira vez, concorrendo com candidatos como os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que seria reeleito naquele ano. A candidatura foi oficializada no dia 31 de julho.
Empresário e cientista social, Luiz Felipe D´Avila, de 58 anos, vem de uma família com tradição na política: é irmão do deputado estadual Frederico d’Avila (PSL-SP) e neto do ex-deputado federal João Pacheco Chaves (MDB-SP). O Novo lançou a candidatura em 30 de julho.
O ex-tucano é fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), organização sem fins lucrativos voltada à formação de novos quadros para a política e a administração pública. É conhecido por coordenar o programa do ex-governador Geraldo Alckmin na campanha presidencial de 2018.
O presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula. Eleito pelo PSL em 2018, agora ele tenta renovar o mandato pelo PL, sigla à qual se filiou em novembro de 2021, em busca de mais recursos para a campanha e tempo de televisão. A candidatura foi confirmada em convenção do partido em 24 de julho.
Capitão reformado do Exército, Bolsonaro está há 34 anos na política. Em 1988, conseguiu o primeiro cargo público: vereador no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Assumiu pela primeira vez a cadeira de deputado federal em 1991 e, depois, foi reeleito mais seis vezes para o mesmo cargo. Em 2018, venceu a disputa para presidente, surfando na onda antipetista.
Candidato de um dos partidos mais jovens do país, o Unidade Popular, fundado em 2019, o técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas mineiro Leonardo Péricles disputa sua primeira eleição presidencial. A candidatura foi confirmada em 24 de julho.
Nascido em 1981, Péricles se apresenta como um expoente da diversidade. Negro, concluiu o ensino médio em Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde mora, e até pouco tempo atrás não cogitava uma carreira política.
Com candidatura aprovada em convenção do partido em 21 de julho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a opção do Partido dos Trabalhadores para assumir o Palácio do Planalto a partir de 2023. O petista está em busca do terceiro mandato, depois de ter governado o país entre 2003 e 2011.
Dessa vez, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) integra a chapa de Lula, como vice. Aos 76 anos, o ex-presidente lidera nas pesquisas de intenções de voto desde que teve a candidatura autorizada, em março de 2021, depois de decisões da operação Lava Jato contra ele serem anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Principal opção da chamada “terceira via” para a Presidência da República, a senadora Simone Tebet deve ter a candidatura oficializada em 27 de julho. Ela está na política desde 2002, quando foi eleita deputada estadual em Mato Grosso do Sul, com a maior votação feminina da história para a Assembleia Legislativa do estado. Em 2014, foi eleita senadora.
Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, e disputou a presidência da Casa em 2021, sendo a primeira mulher a participar da eleição, mesmo contra a vontade de seu partido, o MDB. É membro da bancada feminina do Senado, já tendo ocupado o cargo de líder do grupo.
Opção do União Brasil para conquistar o eleitorado de direita que não está satisfeito com a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), a advogada e empresária Soraya Thronicke ficou conhecida na política em 2013, durante as manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT).
Soraya nasceu em Dourados (MS) e foi criada em Campo Grande. É dona de uma rede de motéis no estado, junto com a família. Formou-se em Direito em 2002 e, em 2006, concluiu um MDB em Direito Empresarial. Também é pós-graduada em Direito Tributário e em Direito de Família e Sucessões.
Sofia Manzano é a candidata do Partido Comunista Brasileiro à Presidência nas eleições 2022, após o partido não ter tido candidatura presidencial no pleito de 2018. Nas eleições de 2014, Manzano foi candidata a vice na chapa pura com Mauro Iasi (PCB). O partido deve oficializar a candidatura em 30 de julho.
Formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Manzano é mestra em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP).
Uma das fundadoras do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e presidente da legenda em Sergipe, Vera Lúcia Salgado é novamente a opção do partido para concorrer às eleições presidenciais em outubro. No pleito de 2018, conseguiu 55,7 mil votos, o equivalente a 0,05% do eleitorado.
A candidatura foi confirmada em 31 de julho. Aos 55 anos, a socióloga, graduada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), nunca teve um cargo público, mas disputou alguns: além de ter sido candidata à Presidência, em 2018, tentou a prefeitura de Aracaju (2004, 2008, 2012 e 2016), o governo de Sergipe (2010), uma cadeira na Câmara dos Deputados (2006 e 2014) e a prefeitura de São Paulo (2020).