Rio 2016: antes do começo, um episódio vergonhoso em Londres (Divulgação/COB)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2012 às 20h19.
São Paulo – Eles eram funcionários de nível técnico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Trabalharam em Londres por cerca de três meses para aprender na prática os detalhes que existem no funcionamento de uma Olimpíada. E deveriam trazer o conhecimento ao Brasil. São dez brasileiros (nem todos cariocas) que trabalhavam em áreas e setores distintos do comitê.
Isso é tudo que o Co-Rio informa sobre os brasileiros que, sem permissão, fizeram cópias de arquivos com informações sobre os Jogos de Londres. Isso e o fato de que eles foram todos demitidos por “quebrar a confiança mútua entre os comitês”.
Segundo a assessoria de imprensa do Co-Rio, os documentos não eram confidenciais e não foi necessário “hackear” a rede londrina para acessá-los.
Os arquivos estariam na rede a qual todos os funcionários tinham acesso e os brasileiros – “atuando por iniciativa própria e individualmente” – fizeram cópias deles com a justificativa de que queriam guardar informações que poderiam ajudar no planejamento dos Jogos cariocas.
A organização do Rio de Janeiro ainda divulgou um comunicado no qual esclarece que os documentos foram localizados e destruídos e que “esses funcionários não precisavam ter copiado esses arquivos sem autorização. Bastava solicitá-los ao Comitê Organizador de Londres, que vinha compartilhando informações de maneira colaborativa”.
Para a reportagem de EXAME.com, o Co-Rio reiterou que cada trabalhador agiu por conta própria, não houve “espionagem” ou infração, já que muitos profissionais tinham acesso à rede e poderiam visualizar os arquivos, mas havia um contrato assinado pelos brasileiros que os proibia de copiar documentos sem autorização do comitê londrino.
Com base nesses contratos, eles foram demitidos e suas identidades mantidas em sigilo.