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Quem quer impeachment se opõe a projetos sociais, diz Dilma

A presidente disse que os defensores de seu impeachment são opositores dos projetos sociais do governo


	Dilma Rousseff: "quem pretende interromper meu mandato é justamente quem considera um erro do governo federal colocar recursos para o Minha Casa Minha Vida"
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff: "quem pretende interromper meu mandato é justamente quem considera um erro do governo federal colocar recursos para o Minha Casa Minha Vida" (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 19h16.

Rio - Em defesa do programa Minha Casa, Minha Vida, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 8, no Rio, que os defensores de seu impeachment são opositores dos projetos sociais do governo.

"Quem pretende interromper meu mandato é justamente quem considera um erro do governo federal colocar recursos para o Minha Casa Minha Vida", disse a presidente a uma plateia de cerca de 1.500 beneficiários do programa, futuros moradores dos condomínios Santorini e Mikonos, em Santa Cruz, zona oeste do Rio.

Ao ouvir gritos de "Não vai ter golpe" dos presentes, Dilma repetiu a frase e fez alusão ao processo de impeachment, que tem entre seus pressupostos as "pedaladas" fiscais ligadas aos investimentos federais nos programas sociais.

"Algumas pessoas têm que parar de torcer pelo 'quanto pior, melhor'. As pessoas acham que podem chegar ao poder assim. É verdade que o impeachment está na Constituição. O problema é que eu não cometi nenhum crime de responsabilidade. Não vai ter golpe porque isso seria uma afronta à nossa democracia".

A presidente foi recebida por apoiadores, que seguravam uma faixa com a frase "Não vai ter golpe". Ouviu as mesma palavras de ordem também da plateia de cerca de 1.500 pessoas assim que subiu ao palco montado numa tenda ao centro do terreno do condomínio Santorini.

Ela estava acompanhada do ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e do governador em exercício Francisco Dornelles (à frente do Estado durante licença médica do governador Luiz Fernando Pezão). "Espero que nos próximos três anos a senhora esteja aí, firme, entregando mais casas", disse Dornelles, que é do PP, partido que permanece da base do governo.

A presidente entregou mil apartamentos nos condomínios Mikonos e Santorini. O bairro de Santa Cruz fica distante cerca de duas horas do centro do Rio e os moradores da região reclamam da falta de opções de transporte; ainda assim, os novos habitantes dos prédios do Minha Casa Minha Vida se diziam muito felizes. "Tenho 64 anos e é a primeira vez que vou poder dizer: 'agora tenho a minha casa'", disse a costureira Marly Magalhães.

Além dos beneficiários, sorteados pela prefeitura do Rio entre famílias com renda de até R$ 1.600, Dilma falou para apoiadores, ligados a movimentos sociais e vestidos de camisetas vermelhas, algumas com uma ilustração de seu rosto. O processo de impeachment da presidente foi assunto nas rodas de conversa dos moradores.

"A corrupção é um problema que vem de muitos anos. Ela não pode ser a única culpada", opinou Paloma Dutra, de 34 anos, auxiliar de cozinha desempregada que vai morar com mais cinco parentes adultos e três crianças em um apartamento de dois quartos, sala, cozinha, área de serviço e banheiro.

Os prédios têm cinco andares e ficam num terreno amplo, com estacionamento, salão de festas, quadra de futebol e parquinho infantil. Os moradores pagam 5% do valor de sua renda mensal pelos imóveis. Outras 3.452 unidades do Minha casa Minha vida foram entregues por ministros de Dilma nos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso e Pará.

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