A presidente da República, Dilma Rousseff, fala sobre os protestos contra o governo e a corrupção (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2015 às 21h19.
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (16), ao comentar mais uma etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga desvios de dinheiro na Petrobras, não acreditar que a denúncia do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pelo Ministério Público Federal (MPF), vá piorar a situação do governo, em meio a manifestações da sociedade.
Durante entrevista coletiva em que comentou os protestos desse domingo (16) contra o governo em todas as regiões do país, Dilma disse que a corrupção não nasceu hoje.
“Acho que esses acontecimentos mostram que todas as teorias a respeito de como o governo interferiu sobre o Ministério Público para investigar ou fazer qualquer coisa com quem quer que seja, são absolutamente infundadas. Tanto é assim que isso acontece, o governo continua e nós tratamos o seguinte: se querem investigar, vão investigar. Quem for responsável, pagará pelo que fez”, disse, acrescentando que todos têm amplo direito à defesa.
Segundo ela, não se deve colocar nenhum segmento acima de suspeitas sobre práticas irregulares.
“Acho que essa discussão [sobre onde nasceu a corrupção não leva a nada. Ela não só é uma senhora bastante idosa nesse país, como ela não poupa ninguém. Ela não poupa, pode estar em tudo quanto é área, inclusive, no setor privado”, declarou.
“O dinheiro tem esse poder corruptor. Nós temos de ter vigilância, nós temos de ter instituições, nós temos de ter legislação para impedir que ocorra. O combate a corrupção começa também eu acho, através de um processo educacional. O fato de você não querer ganhar vantagem em tudo na sua vida. Uma pessoa não pode cometer pequenas infrações porque ela cria um ambiente de permissividade, então vamos tratar essa questão da corrupção de uma forma mais efetiva para poder combater melhor”, afirmou ainda..