Brasil

Quem é o general que vai comandar a intervenção federal no RJ

Walter Souza Braga Netto atuou na segurança durante a Olimpíada do Rio em 2016

O general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar Leste (TRF2/Reprodução)

O general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar Leste (TRF2/Reprodução)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 12h27.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2018 às 18h54.

São Paulo — A partir desta sexta-feira (16), a segurança pública do Rio de Janeiro deixa de ser uma responsabilidade do estado e passa a ser comandada pelas Forças Armadas. O controle da operação fica a cargo do general Walter Souza Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste, que responde por 24% do efetivo militar terrestre do país.

Com isso, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, deixa de ter voz na segurança pública do estado e a gestão das polícias, os bombeiros e a área de inteligência do Estado, bem como todas as decisões relacionadas ao combate à violência no Rio ficam sob o comando de Netto.

Natural de Belo Horizonte (MG), Braga Netto foi um dos responsáveis pela segurança durante os Jogos Olimpícos e Paralímpicos do Rio, quando atuou como coordenador-geral da assessoria especial para os jogos do Comando Militar Leste.

Antes disso,  comandou o 1º Regimento de Carros de Combate,  foi chefe do Estado-Maior da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e do Comando Militar do Oeste e foi comandante da 1ª Região Militar (Região Marechal Hermes da Fonseca). Ele assumiu o Comando Militar do Leste em setembro de 2016.

Segundo o Ministério da Defesa, a unidade coordena as atividades administrativas e logísticas do Exército Brasileiro nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O comando compreende 141 organizações e mais de 50 mil militares — o que torna o Comando Militar Leste a maior concentração de tropas e escolas militares da América Latina.

O que pensa o general

Em uma palestra no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), em 28 de agosto do ano passado, Netto afirmou, segundo nota do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que vê com reservas o uso das Forças Armadas em conflitos internos do país devido aos seus elevados "custos financeiros, social, de imagem e até psicológico". 

Mas, segundo ele, os militares sempre estão sempre prontos para cumprir seu dever e que ações do tipo têm resultados positivos na contenção da criminalidade. 

Esta é a primeira vez desde a promulgação da  Constituição de 1988 que o governo decreta uma intervenção federal do tipo. A medida foi oficializada por meio de decreto nesta sexta-feira (16). A partir de agora, o Congresso Nacional tem um prazo de dez dias para aprovar a decisão.

"Muita mídia"

Após ser nomeado interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto, afirmou que a situação da violência no estado não está tão ruim. Segundo ele, há  “muita mídia” em cima do assunto.

 

Acompanhe tudo sobre:ExércitoRio de JaneiroSegurança públicaViolência urbana

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final