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Quem é Celina Leão, que assume governo do DF após afastamento de Ibaneis

A vice-governadora do DF, Celina Leão, assume o cargo após o afastamento de Ibaneis Rocha; em postagens e votações na Câmara, Leão defendeu o presidente Jair Bolsonaro

Celina Leão: vice-governadora do DF assume o cargo com o afastamento de Ibaneis (Neila Rocha/Ascom/MCTI/Divulgação)

Celina Leão: vice-governadora do DF assume o cargo com o afastamento de Ibaneis (Neila Rocha/Ascom/MCTI/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 11h51.

Última atualização em 9 de janeiro de 2023 às 12h26.

Com o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal, quem assume é a vice-governadora eleita na mesma chapa, Celina Leão, do PP. Leão assume o cargo nesta segunda-feira, 9.

Ibaneis foi afastado do cargo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi determinada após a invasão bolsonarista registrada em Brasília neste domingo, 8, que pediu golpe contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e depredou o prédio do STF, o Congresso e o Planalto. 

Aos 45 anos e nascida em Goiânia, capital de Goiás, Celina Leão foi deputada federal na atual legislatura, a partir de 2019. No período, chegou a ser também secretária de Esportes no próprio governo Ibaneis. Antes disso, entre 2011 e 2019, Leão foi ainda deputada distrital do Distrito Federal. Antes do PP, ao qual se filiou em 2018, ela já foi filiada a cinco partidos.

Ibaneis e Celina Leão foram eleitos em 1º turno

Após atuação no secretariado do DF, Leão foi escolhida para compor a chapa junto a Ibaneis nas eleições 2022. O governador foi eleito para um segundo mandato no DF em outubro, logo em primeiro turno. A chapa recebeu 50,30% dos votos válidos (832,6 mil votos), ante 26,25% do segundo colocado, Leandro Grass (PV).

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Leão foi majoritariamente da base do governo em seu mandato na Câmara, e teceu elogios ao governo do presidente Jair Bolsonaro em diversas ocasiões. Ela é do mesmo partido de congressistas que foram importantes aliados de Bolsonaro, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Antes do episódio de domingo, no último dia do mandato de Jair Bolsonaro, Leão havia agradecido ao ex-presidente e disse que "sentimento de patriotismo" permaneceria. "Obrigada, Jair Bolsonaro", escreveu em seu perfil no Twitter.

No domingo, antes de o STF confirmar o afastamento de Ibaneis, Leão havia também se pronunciado e criticado as invasões. "Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público", escreveu. "Inadmissível a invasão aos poderes da República."

Por que Ibaneis foi afastado

Na decisão que afastou o governador do DF, Moraes afirma que Ibaneis teve uma "conduta dolosamente omissiva". "Absolutamente NADA justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos", escreveu o ministro.

Imagens mostraram a polícia do DF com pouco efetivo enviado ao local das invasões e com alguns membros da corporação não se movimentando para parar os invasores. Ibaneis chegou a divulgar um vídeo em que pede "desculpas" pelos atos terroristas deste domingo em Brasília e foram divulgados nesta segunda-feira áudios que mostram que o governador foi informado de que a manifestação estava pacífica.

Diante dos atos golpistas e de terrorismo, Lula decretou a intervenção federal no Distrito Federal, o que faz a segurança do DF ficar a cargo do Executivo federal. O interventor nomeado foi o número 2 do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli.

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