Mônica Calazans será a primeira pessoa a ser vacinada fora dos ensaios clínicos; aos 54 anos, ela se enquadra no perfil do grupo de risco para covid-19, (Coren-SP/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 14h45.
Última atualização em 17 de janeiro de 2021 às 15h34.
Mônica Calazans, enfermeira de 54 anos, há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, será a primeira brasileira a receber neste domingo, 17, uma dose da vacina Coronavac. A diretoria da Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina de Oxford e da Coronavac no Brasil.
Mônica é negra, moradora de Itaquera (zona leste), com perfil de alto risco para complicações da covid-19. Ela é obesa, hipertensa e diabética. Apesar de se enquadrar nessas condições, em maio do ano passado, no auge da primeira onda da doença, ela se inscreveu para vagas de CTD (Contrato por Tempo Determinado), escolhendo trabalhar no Emílio Ribas, no epicentro do combate à pandemia.
Mônica atuou como auxiliar de enfermagem durante 26 anos e resolveu fazer faculdade após anos de carreira. Aos 47 anos, conseguiu seu diploma.
“Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse ela.