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Queiroz vive no Morumbi e faz tratamento no Einstein, revela VEJA

Segundo a reportagem, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro decidiu morar na zona Sul de São Paulo para facilitar o deslocamento ao hospital

Queiroz: desde 12 de janeiro não se sabia do paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (SBT/Reprodução)

Queiroz: desde 12 de janeiro não se sabia do paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (SBT/Reprodução)

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Clara Cerioni

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 10h31.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 15h46.

São Paulo — O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz está vivendo atualmente no Morumbi, na zona Sul de São Paulo, e fazendo tratamento para um câncer de intestino no Hospital Albert Einstein.

O paradeiro de Queiroz foi revelado pela revista VEJA (em reportagem com acesso exclusivo a assinantes) nesta sexta-feira (30). Segundo a publicação, ele escolheu o local para facilitar os deslocamentos para o hospital, onde segue fazendo um tratamento para a doença. 

A última aparição do amigo da família Bolsonaro, que, segundo apontou o Coaf, fez movimentações de 1,2 milhão de reais em sua conta bancária no período de um ano, foi em 12 de janeiro após uma cirurgia no próprio Einstein.

Na ocasião, sua filha divulgou um vídeo em que ele dançava enquanto tomava soro, após realizar uma cirurgia para tratar o câncer. O registro viralizou nas redes sociais.

Segundo uma pessoa próxima, que falou com a reportagem, a operação não resolveu o problema do tumor. Há o entendimento, que um possível agravante é o de que Queiroz teria se descuidado por um tempo, por ter priorizado se manter longe dos holofotes. 

deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) também revelou a VEJA que trocou mensagens com Queiroz há alguns meses. “Ele escreveu que ainda estava baqueado”, disse.

Na cirurgia que fez em janeiro, o ex-assessor de Flávio pagou em dinheiro 64,6 mil reais.

Movimentações suspeitas

Em dezembro do ano passado, um relatório do Coaf, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo, apontava para uma movimentação atípica de 1,2 milhão nas contas de Queiroz.

Os registros, segundo investigação do MP, apontam uma série de depósitos em espécie feitos na conta do ex-assessor do filho do presidente Bolsonaro por outros nove ex-assessores dele na Assembleia do Rio de Janeiro, quando era deputado estadual.

Nas investigações, o MP encontrou indícios de uma “organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade”, voltada para cometer crimes de peculato (desvio de dinheiro público).

Apesar dos desdobramentos do caso na opinião pública, em julho o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atendeu um pedido da defesa do senador e determinou a suspensão das investigações contra o parlamentar e, consequentemente, também contra Queiroz.

O magistrado proibiu qualquer investigação do Ministério Público, que tenha partido de informações do Coaf, do Fisco e do Banco Central sem prévia autorização judicial

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