Marcelo Queiroga: ministro da Saúde. (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de abril de 2021 às 18h01.
Última atualização em 27 de abril de 2021 às 18h16.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira 27, que o uso do coquetel Regn-CoV2 para o tratamento de pacientes com a covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) dependerá da avaliação do custo-efetividade e do impacto orçamentário na Pasta. "Nós submetemos à apreciação da Conitec para que se veja o real impacto, o benefício e se temos condições logísticas para implementar esse tratamento no Brasil" disse o ministro.
O uso emergencial do coquetel foi aprovado na última semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entretanto, sua incorporação à rede pública de saúde depende da aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
"Como ministro, sou instância recursal neste processo. Porque a Conitec faz a recomendação, quem decide é o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e, posteriormente, o ministro da Saúde pode ser recorrido nesta cadeia de avaliação. Então, não posso estar me manifestando se vai incorporar porque pode caber a mim analisar o recurso", declarou Queiroga.
O ministro também afirmou que o tratamento de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês) está em uso em alguns hospitais públicos do país, como no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, o Incor. Queiroga destacou, porém, que a técnica ainda não foi formalmente incorporada ao SUS.
A ECMO faz uso de um pulmão artificial fora do corpo para oxigenar e fazer circular o sangue pelo corpo do paciente. O tratamento é mais utilizado na rede privada, devido a seu alto custo.