Queiroga: ministro da Saúde (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2021 às 15h26.
Última atualização em 3 de abril de 2021 às 17h29.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu neste sábado, 3, com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Após o encontro, Queiroga afirmou que pretende "evitar lockdown", um fechamento completo das atividades. Nas últimas semanas, com a média móvel de mortes por covid-19 no Brasil passando de 3.000 óbitos por dia, alguns estados e especialistas têm pedido um lockdown nacional coordenado pelo Ministério da Saúde. O governo, até agora, se mostrou contra.
Na fala de hoje, Queiroga também cobrou mais pedidas de cuidado da população e pediu que a população não se aglomere na Páscoa. "Evitar lockdown é a ordem, mas temos que fazer o dever de casa. Mas o dever de casa é de toda população. Por mais que nós falemos todos os dias sobre isso, não vemos a população tendo adesão às medidas", disse em entrevista coletiva.
Na semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento social, afirmando que "o efeito colateral não pode ser mais danoso que o próprio vírus". Neste sábado, enquanto Queiroga estava reunido com a OMS, Bolsonaro também foi a um "sopão" na região de Brasília, onde apareceu sem máscara e ao lado do agora ministro da Defesa, general Braga Netto.
Queiroga, na coletiva ao lado da OMS, defendeu que a população use máscara. "O uso de máscara é fundamental e para tanto é necessário que haja a adesão da população", disse Queiroga. O ministro falou também que é preciso "evitar aglomeração e ampliar a testagem".
O Brasil não tem dados públicos consolidados sobre a amplitude de testes feitos contra o coronavírus. A estimativa é que haja uma subnotificação ampla no número de casos reportados diariamente.
Queiroga disse também que ficou decidido na reunião que a OPAS e a OMS ajudarão o Brasil a comprar os medicamentos do "kit intubação", necessários nas UTIs e que vêm faltando no país.
O ministro se reuniu hoje com a diretora da Opas no Brasil, Socorro Gross, de forma presencial em Brasília. Eles também participaram de videoconferência com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
A jornalistas, Gross esclareceu que a organização já possui a oferta imediata de oito dos mais de 20 medicamentos utilizados em casos de intubação. Vencidos os trâmites de compra, esses itens podem começar a chegar em duas semanas.
(Com Agência Brasil)