Brasil

Queiroga diz que Saúde distribuirá 28 milhões de testes de covid neste mês

Nos últimos dias, profusão no número de casos de Covid com prevalência da variante Ômicron reacendeu debate sobre política de testagem em massa

 (divulgação/Divulgação)

(divulgação/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 20h22.

De visita a São Paulo na manhã desta quinta-feira para receber o primeiro lote de vacinas infantis contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que sua pasta vai distribuir aos estados 28 milhões de testes para detecção da doença até o fim do mês.

— No mês de janeiro serão distribuídos 28 milhões de testes, sendo que 13 milhões até o dia 15. Em fevereiro já temos assegurados 7,8 milhões de testes. É necessário que os estados e os municípios se associem nessa questão da testagem, porque na ponta quem testa são os municípios, não é o Ministério da Saúde.

Entenda como o avanço da vacinação afeta seus investimentos. Assine a EXAME

Queiroga também criticou municípios que, segundo ele, têm imunizantes em estoque por demora na aplicação, e declarou que implementar as políticas de saúde são "muito mais efetivo do que enviar ofício para o ministro da Saúde".

Desde que assumiu, o ministro defende uma política consistente de testagem da população como uma das formas de combate à pandemia, mas o sistema não chegou a ser implementado. Ao contrário de outros países, no Brasil a população não tem permissão, por exemplo, para fazer o autoteste para identificar a Covid-19.

A Saúde estuda junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para uso do autoteste no Brasil. O órgão regulador deve fazer uma nova Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) sobre o tema para viabilizar a autorização. Atualmente, uma resolução da agência proíbe a prática.

O autoteste é um exame de antígeno realizado pela própria pessoa em sua casa. O resultado sai em cerca de 15 minutos. A rapidez pode ser explicada pelo mecanismo utilizado pelo teste para identificar ou não a presença do vírus nas amostras.

Na segunda-feira, Queiroga afirmou que o governo federal não deve adotar uma política de distribuição desse tipo de teste, mas recomendará a possibilidade de que sejam vendidos em farmácias.

Nos últimos dias, a profusão no número de casos de Covid-19 no país e a escassez de testes para detecção da doença acenderam o debate sobre o uso do autoteste no Brasil. De acordo com especialistas, a adoção desses testes pode ser importante para auxiliar no combate à pandemia e frear a transmissão, uma vez que as pessoas poderiam se isolar a partir do diagnóstico obtido de maneira mais célere.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGoverno BolsonaroMarcelo QueirogaMinistério da SaúdePandemiaSaúde no Brasil

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022