Brasil

Queiroga diz que pode faltar vacina se estados não seguirem plano federal

O ministro da Saúde detalhou como será a dose de reforço da vacinação contra a covid-19, que começa no dia 15 de setembro

 (Stephane Mahe/Reuters)

(Stephane Mahe/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 25 de agosto de 2021 às 18h02.

Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 19h32.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez uma coletiva de imprensa no fim da tarde desta quarta-feira, 25, para detalhar como será a dose de reforço da vacinação contra a covid-19, que começa a partir do dia 15 de setembro com idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.

O público-alvo é diferente do que foi anunciado pelo governo do estado de São Paulo, no início da tarde desta quarta-feira, que incluiu a faixa dos 60 a 69 anos anos, e excluiu os imunossuprimidos. Queiroga não citou especificamente o governo paulista, mas criticou diretrizes diferentes do que o preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações.

“Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não vai ter condição de entregar doses de vacinas. Temos de nos unir para falarmos a mesma língua. E não adianta ficar noticiando na imprensa que o Ministério atrasou, e se for diferente vai faltar dose”, disse.

Na fala, Queiroga disse que o objetivo do Ministério da Saúde é equalizar a distribuição de doses. “Não adianta um estado vacinar 18 anos enquanto o outro está vacinando 30 anos”, afirmou.

De acordo com o ministro, a dose de reforço será feita preferencialmente com a vacina da Pfizer porque será o imunizante “mais disponível” no mês de setembro. Apesar disso, a população pode receber qualquer outra vacina. Serão chamados os idosos que foram vacinados há, pelo menos, seis meses. No caso dos imunossuprimidos, a orientação é para receberem a dose adicional após 28 dias.

"Anteriormente a intercambialidade só estava prevista para gestantes que tomaram  AstraZeneca. Agora, a é com a vacina da Pfizer. Esta vacina já foi testada em intercambialidade, e o ministério se preparou para ter esta vacina em quantidade que nos dá a possibilidade de tomar esta decisão", garantiu o ministro da Saúde.

Nas contas do governo federal, o mês de agosto vai fechar com uma entrega total de 80 milhões de doses de vacinas, e em setembro serão 60 milhões, sendo a maior parte da Pfizer. Por conta disso, a priorização da dose de reforço será com o imunizante, mas pode ocorrer de ser de qualquer outra vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro Queiroga disse que até o dia 15 de setembro toda a população adulta, com mais de 18 anos, terá pelo menos a primeira dose, e que a inclusão da dose de reforço não vai impactar na imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

Toda semana tem um novo episódio do podcast EXAME Política, que te deixa ainda mais informado sobre a covid-19. Disponível abaixo ou nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Google Podcasts e Apple Podcasts

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMarcelo QueirogaMinistério da SaúdePandemiavacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Comissão do Senado aprova projeto que endurece regras contra devedor contumaz

'Tem gente que fuma para descontrair', diz líder da bancada da bala sobre maconha

PF avalia abertura de investigação contra deputado que ameaçou Lula: 'Quero mais é que ele morra'

Comissão de Segurança do Senado aprova porte de arma para defesa pessoal de advogados