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Queda na aprovação do governo é algo "cíclico", avalia Temer

O vice-presidente disse que a queda na aprovação do governo é algo "cíclico" e que essas alterações já ocorreram em outros momentos


	Presidente Dilma Rousseff e vice-presidente Michel Temer
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff e vice-presidente Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2015 às 22h25.

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse que a queda na aprovação do governo é algo "cíclico" e que essas alterações já ocorreram em outros momentos.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte, divulgada hoje (21), a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu de 10,8% para 7,7%, menor avaliação desde outubro de 1999.

"Isto é cíclico. De vez em quando há essas avaliações ou reavaliações. Muitas vezes, isso aconteceu em muitos governos. Cai a avaliação, depois melhora. Vamos esperar o futuro", disse o vice-presidente, após palestra para empresários nos Estados Unidos.

De acordo com Temer, a defesa que o governo vai entregar nesta quarta-feira (22) ao Tribunal de Contas da União sobre as contas públicas de 2014 está bem fundamentada. "Juridicamente acho que está muito bem montada. Agora o que o tribunal vai decidir, cabe ao tribunal".

O vice-presidente comentou também o rompimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, destacando que o próprio parlamentar disse que a decisão era pessoal.

"Ele pode postular alguma medida partidária. O partido tem instâncias partidárias. Não adianta eu dizer o que o PMDB deve ou não fazer. Quem deve dizer é primeiro a comissão executiva, depois o conselho nacional, depois o diretório nacional, depois a convenção. Tem instâncias partidárias", afirmou.

Mais cedo, ao falar sobre a pesquisa, Eduardo Cunha disse que a queda na avaliação do governo reforçará o argumento que levará para o congresso do partido, em setembro, a fim de convencer outros peemedebistas a seguir o mesmo caminho que adotou, o do rompimento.

“Com a divulgação desta pesquisa, nós vemos que alguma coisa tem que ser mudada. A gente tem que rever esta posição. É mais uma constatação que as coisas não estão caminhando bem e que algo tem que ser feito”, disse, reafirmando que sua posição em relação ao governo é pessoal e que não tem nada a ver com a sua atuação como presidente da Câmara.

Uma avaliação parecida foi feita pelo líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE). Para ele, o cenário reflete a grande insatisfação da população com a presidenta, em razão dos desgastes políticos e a crise econômica. “Essa pesquisa compromete a pequena liderança política que Dilma ainda tem na Câmara”, disse.

O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, ficou surpreso com os índices de aprovação do governo da pesquisa da CNT. Segundo ele, os números são ruins, mas tendem a melhorar com as medidas que estão sendo tomadas pelo governo.

“Acho que foi um número bastante negativo. Todos ficamos surpresos [com a pesquisa]. É um quadro reversível, o governo está adotando uma série de medidas que vão ajudar na retomada do crescimento. O quadro vai melhorar”. De acordo com o senador, embora não houvesse nada que pudesse alterar, modificar a melhoria da aprovação do governo, de março para cá também não houve nada que justificasse a queda na aprovação.

Para o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a pesquisa confirma a insatisfação dos brasileiros em relação ao governo.

“À medida que, infelizmente, os efeitos da crise econômica, em muito resultado das ações e omissões do governo, batem à porta das famílias brasileiras, e a população toma conhecimento dos desdobramentos dos inúmeros casos de corrupção que contaminaram a máquina pública federal, cresce a desaprovação da presidente”, disse Aécio, em nota.

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