Aeronave A-29 Super Tucano, fabricada pela Embraer: Aeronáutica disse desconhecer por enquanto as causas do acidente (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2013 às 13h41.
Rio de Janeiro - Dois militares da Força Aérea Brasileira (FAB) morreram nesta segunda-feira após a queda de um avião do Esquadrão de Demonstração Aérea durante um missão treinamento, informaram fontes oficiais.
O acidente ocorreu por volta das 9h10 (horário de Brasília) em um local próximo à cabeceira da pista da Academia da Força Aérea em Pirassununga, segundo um comunicado do comando da Aeronáutica.
As vítimas foram identificadas como os capitães João Igor Silva Pivovar e Fabricio Carvalho, que chegaram ejetar antes do impacto, mas não resistiram à queda.
A Aeronáutica disse desconhecer por enquanto as causas do acidente e informou que iniciou uma investigação para estabelecê-las.
A aeronave acidentada era um A-29 Super Tucano fabricado pela Embraer e que fazia parte do Esquadrão de Demonstração Aérea, que é integrado por pilotos militares especialistas em manobras e que fazem espetáculos em diferentes atividades.
O Esquadrão tinha previsto uma apresentação no domingo pela comemoração do Dia dos Pais, mas foi suspensa porque o grupo tinha iniciado a substituição dos aviões de modelo T-27 Tucano pelos modernos A-29 Super Tucano.
O Super Tucano, lançado há cinco anos e o modelo mais moderno e sofisticado de avião militar da Embraer, é um turboélice desenhado para executar missões de ataque aéreo ligeiro, vigilância e intercepção aérea.
Atualmente há 170 unidades do avião em operação nas Forças Aéreas de nove países, vários deles latino-americanos, entre eles cerca de 100 no Brasil.
O último acidente com um avião do Esquadrão de Demonstração Aérea tinha ocorrido em abril de 2010 com um T-27 e provocou a morte de outro aviador.
O esquadrão, que começou a operar em 1952, realizou milhares de demonstrações de acrobacias aéreas em vários países, e é uma das maiores atrações dos desfiles militares com as quais o Brasil lembra sua independência em cada 7 de setembro.
Seus pilotos têm que ter mais de 1.500 horas de voo e formação pela Academia da Força Aérea.