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Quatro estádios serão inaugurados em janeiro; SP é dúvida

Quatro estádios da Copa serão inaugurados em janeiro, enquanto espera-se ainda pelo laudo dos danos na Arena Corinthians, diz Ministério dos Esportes


	Queda de um guindaste nas obras do Itaquerão: Fifa anunciou que os estádios de São Paulo, Curitiba e Cuiabá serão entregues em fevereiro
 (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Queda de um guindaste nas obras do Itaquerão: Fifa anunciou que os estádios de São Paulo, Curitiba e Cuiabá serão entregues em fevereiro (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 15h06.

Costa do Sauípe: Quatro estádios da Copa do Mundo do Brasil-2014 serão inaugurados em janeiro, enquanto espera-se o laudo sobre os danos na Arena Corinthians de São Paulo, declarou nesta quarta-feira o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes.

"Teremos quatro estádios (Natal, Cuiabá, Manaus, Porto Alegre) que serão entregues, provavelmente, com eventos-testes em janeiro", informou Fernandes em entrevista coletiva realizada na Costa do Sauípe, na Bahia, onde nesta sexta-feira será realizado o sorteio dos grupos do Mundial.

"Depois de janeiro, temos Curitiba, com prazo ainda a ser determinado, e São Paulo, que depende do laudo do acidente", completou.

O atraso no estádio de São Paulo, também conhecido como 'Itaquerão', onde será jogada a partida de abertura da Copa do Mundo, já era de se esperar, após o acidente que matou dois operários na semana passada, quando um guindaste que erguia uma parte do teto da arena desmoronou.

Fernandes explicou que alguns estádios -aparentemente Natal, Porto Alegre e Manaus- estarão prontos em 31 de dezembro, data limite de entrega imposta inicialmente pela Fifa.

Mas os eventos-testes e as inaugurações foram adiadas para janeiro, principalmente em função da agenda da presidente Dilma Rousseff, que inclui uma ceia de Natal com moradores de rua de São Paulo, explicou Fernandes.

"Há atrasos, mas não são significativos. O que importa é que estarão prontos em janeiro", disse o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.

"Em 100% dos casamentos que eu testemunhei a noiva sempre chegou atrasada. Nunca vi uma noiva chegar na hora. Nunca vi um casamento deixar de acontecer por causa disso", acrescentou.

Na terça-feira a Fifa já havia adiantado que os estádios de São Paulo, Cuiabá e Curitiba seria entregues depois do prazo inicialmente estipulado. Para o Itaquerão, a previsão da entidade era de uma entrega em fevereiro.

No caso da Arena Pantanal de Cuiabá, Rebelo afirmou que poderia ser inaugurado em 20 de janeiro. "Queremos que sejam entregues o quanto antes porque devem ser submetidos a eventos-testes, que sabemos são importantes para evitar problemas futuros. Com a entrega em janeiro, teremos o tempo necessário para fazer estes testes", completou o ministro.

Além de São Paulo, Curitiba e Cuiabá, as cidades-sede de Natal, Porto Alegre e Manaus também têm seus estádios em obras.

Dilma inaugurou cada um dos seis estádios usados para a Copa das Confederações de junho (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Brasília e Recife), dos quais quatro foram entregues com atrasos consideráveis.

O ministro dos esportes também precisou rebater críticas sobre a insegurança no Brasil. "Eu ando há 40 anos de avião no Brasil, e a única vez que fui roubado em um aeroporto foi em Paris", relatou Rebelo.

"Eu estava em Paris outro dia com um amigo e ele largou a mochila num canto. Eu disse para ele retomar a bolsa, porque no Brasil uma bolsa largada é levada para o setor de achados e perdidos. E na Europa, uma bolsa largada causa pânico", alfinetou.

A três dias do sorteio dos grupos, Rebelo também fez questão de exaltar a paixão que os brasileiros têm por futebol. "Somos o único país que participou de todas as Copas do Mundo, o único que venceu cinco, e o país, que, com todo o respeito que tenho para os outros grandes jogadores do planeta, teve o maior jogador do mundo, Pelé", explicou.

"O futebol é mais do que um esporte no Brasil. Faz parte da nossa identidade, é o nosso orgulho. Este esporte fez muito para a integração de afrodescendentes, de jovens de comunidades carentes. Alguns viraram celebridades, outros encontraram um espaço democrático que a sociedade nem sempre oferece. Por isso, aqui, o futebol vai além das partidas", completou o ministro, diante de uma planeta de jornalistas de vários países.

Atualização às 16h06 de 04/12/2013

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