Na foto, a Favela do Mandela, na zona norte do Rio. As favelas concentram modarias inadequadas (Vladimir Platonow/Abr)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 10h47.
Rio de Janeiro - Apesar da melhora de indicadores sociais e do aumento da renda dos brasileiros nos últimos anos, as moradias inadequadas ainda representavam 38,3% dos domicílios brasileiros em 2012, segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015, divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa considera inadequados os domicílios em que pelo menos um dos pré-requisitos não eram atendidos: até dois moradores por dormitório, existência de rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e rede geral de água.
A maior deficiência, segundo o órgão, é o atendimento por rede de esgoto.
Por outro lado, a fatia de residências inadequadas, apesar de ainda ser elevada, vem diminuindo de forma contínua. Em 2011, por exemplo, os domicílios nessa condição eram 39,1% e, no início dos anos 2000, somavam quase a metade das casas.
"Os indicadores sociais estão melhorando, embora lentamente.
Isso é natural, os investimentos não são feitos de um ano para o outro, e o resultado vem no longo prazo", explica Denise Kronemberger, gerente de Estudos Ambientais do IBGE.
O levantamento também mostra grandes diferenças regionais, o que também ocorre com outros indicadores sociais.
As regiões com a maior proporção de moradias inadequadas são Norte (71,8%), Nordeste (54%) e Centro-Oeste (50,3%). Enquanto isso, os menores porcentuais são verificados no Sul (30,6%) e no Sudeste (23,9%).
São Paulo é o Estado com mais moradias adequadas, num total de 80,6%. Na outra ponta, a pior situação é Amapá (19,7%).