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Quarentena: SP tem maior abertura da economia desde o início da pandemia

O primeiro estado a imunizar uma pessoa contra a covid-19 no país atingiu, na segunda-feira, 16, a marca de 91% de toda a população adulta vacinada

Rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 06h00.

Última atualização em 17 de agosto de 2021 às 08h27.

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A partir desta terça-feira, 17, a quarentena no estado de São Paulo entra na fase de maior abertura da economia desde o início da pandemia de covid-19. Todos os estabelecimentos podem abrir com 100% da capacidade (antes eram 80%) e em qualquer horário. Apesar disso, o uso de máscara continua obrigatório, assim como o distanciamento de um metro entre as pessoas.

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Até então proibidos, feiras corporativas, convenções, congressos, exposições em museus e eventos sociais, como casamentos, jantares, festas de debutantes e formaturas, também estão liberados, seguindo os mesmos protocolos que valem para os estabelecimentos. Pistas de danças estão proibidas.

Casas de shows podem abrir desde que sejam na modalidade restaurante e garantindo o distanciamento. Shows de médio e grande porte, como em estádios, continuam proibidos, mas o estado realiza eventos-teste para avaliar os riscos de transmissão.

Casas noturnas, por enquanto, permanecem fechadas. A previsão é de que estes espaços voltem em novembro, somente para pessoas com esquema vacinal completo.

Desde abril deste ano, o governo de São Paulo abandonou a quarentena por fases e implementou o que chamou de “transição”, com uma reabertura gradativa. Diferentemente de outras etapas, optou por fazer uma regra única nos 645 municípios e cada prefeitura pôde implementar regras mais restritas, de acordo com o contexto local.

O que possibilitou a maior abertura econômica até o momento foi o avanço da vacinação. O primeiro estado a imunizar uma pessoa contra a covid-19 atingiu, na segunda-feira, 16, a marca de 91% de toda a população adulta, com mais de 18 anos, imunizadas com pelo menos a primeira dose. Mais de 28% dos paulistas estão com o esquema completo de duas doses - ou dose única - e totalmente protegidos.

Na capital, no último fim de semana foi realizado um mutirão para vacinar em especial os jovens de 18 a 20 anos. A “balada” da vacinação contou com show e imunização durante a madrugada. Durante 32 horas foram aplicadas 502 mil doses, o que fez a cidade atingir a marca de 98,5% dos adultos imunizados até a segunda-feira.

O reflexo direto dessa alta proporção de vacinados pode-se ver nos hospitais. As taxas de ocupação de leitos para pacientes com a covid-19 nunca estiveram tão baixos. Segundo dados da Secretaria da Saúde, a ocupação de UTI em todo estado é de 43%, e de 28% em leitos de enfermaria. Na grande São Paulo, 41% dos leitos de UTI estão ocupados.

Apesar das boas notícias, a equipe do Centro de Contingência da Covid-19 do estado de São Paulo alerta que ainda não é momento de relaxar. A variante Delta, mais transmissível, está circulando no Brasil e ainda não se sabe os efeitos dela a longo prazo. Além disso, há um grande esforço para a aplicação da segunda dose, e imunização de crianças e adolescentes.

Na quarta-feira, 18, começa uma nova fase da campanha de vacinação, com a aplicação das doses em adolescentes entre 17 e 12 anos. Até o momento, somente a Pfizer/BioNtech tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar este grupo.

No fim de julho, o Instituto Butantan pediu que a Anvisa libere a Coronavac para crianças e adolescentes na faixa entre 3 e 17 anos. A expectativa é de que este aval saia ainda esta semana.


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