Movimento em frente a shopping center de São Paulo. (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 26 de maio de 2021 às 12h55.
Última atualização em 26 de maio de 2021 às 16h28.
O governo de São Paulo decidiu não ampliar a capacidade e o horário de abertura dos estabelecimentos que estavam previstas para começar a partir do dia 1° de junho. Com isso, a quarentena não muda até o dia 14 de junho. A regra atual permite que os estabelecimentos podem abrir, com capacidade de 40% e entre as 6h e às 21h.
O toque de recolher fica mantido entre 21 horas e 5 horas. Parques estaduais e municipais podem abrir das 6h às 21h. O teletrabalho para atividades administrativas não essenciais continua obrigatório. Diferentemente de como era adotado até então, o governo determinou todas as regras de forma única para todo o estado.
Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tinha divulgado um plano de transição que resultaria em uma apertura maior do comércio a partir do próximo mês. A ideia era ampliar a capacidade para 60% e o horário funcionamento do comércio para até 22h. De acordo com Doria, a mudança foi uma recomendação do Centro de Contingência da Covid-19 do estado de São Paulo.
"Nós tivemos essa avaliação de que não seria ainda o momento de poder avançar como havia sido pensado na semana anterior. Houve um aumento na incidência de casos. No de internações foi de forma mais discreta, e isso também já é bastante sugestivo como resultado do processo de vacinação. Nós temos insistido que temos uma circulação alta do vírus, então nós devemos retomar as atividades, mas com todas as medidas de segurança", disse Paulo Menezes, coordenador do comitê de saúde, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 26.
A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado de São Paulo está em 80%. A média diária de novas internações em leitos de enfermaria e de UTI tinha caído em abril, mas voltou a subir desde a semana passada. Nesta quarta-feira ela está em 2.595 solicitações por dia. Paulo Menezes diz que a expectativa é de que os números caiam a partir da segunda quinzena de junho.