Vacina: dose fracionada protege por pelo menos oito anos (Wilson Dias/Agência Brasil)
Luiza Calegari
Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 11h04.
Última atualização em 17 de janeiro de 2018 às 15h27.
São Paulo — Quem já tomou a vacina contra a febre amarela pelo menos uma vez na vida não precisa de uma nova dose, esclarece a Anvisa em seu site oficial.
Até 2014, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) era de que a dose fosse reforçada de dez em dez anos. Porém, novos estudos mostraram que a eficácia da vacina não diminui com o tempo.
A recomendação é válida mesmo para quem se vacinou antes de 2014, porque a vacina continua sendo a mesma.
A Anvisa explica que a revisão de validade é normal. São necessários vários anos, e às vezes décadas, para ter certeza do alcance da proteção de uma vacina.
No caso das doses fracionadas da vacina, que serão distribuídas em campanhas de imunização a partir do fim deste mês, ainda não é possível determinar a validade da imunização.
Na dose fracionada, o mesmo composto que seria usado para imunizar uma pessoa é dividido e serve para quatro pessoas.
Segundo o Ministério da Saúde, estudos mostram que a proteção da dose menor é válida por pelo menos oito anos, mas ainda não existe acompanhamento para prazos maiores.
As doses começarão a ser distribuídas em 29 de janeiro em 54 municípios no estado de São Paulo, e depois do Carnaval, a partir de 19 de fevereiro, no Rio de Janeiro e na Bahia.
Quem vai viajar ao exterior, para países que exigem a vacina contra a febre amarela, precisa tomar a dose completa. O certificado internacional não será emitido para quem tomar a dose fracionada.