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Número de revólveres e pistolas importados quase dobrou em 2020

Número supera soma de uma década; governo Bolsonaro zerou imposto na importação de revólveres e pistolas

Armas: 102,3 mil revólveres e pistolas estrangeiros foram comprados até meados de novembro (Yegor Aleyev/Getty Images)

Armas: 102,3 mil revólveres e pistolas estrangeiros foram comprados até meados de novembro (Yegor Aleyev/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 09h35.

Última atualização em 11 de dezembro de 2020 às 09h36.

Alvo de mais uma flexibilização do governo Jair Bolsonaro, a importação de armas no país este ano, com números ainda em evolução, já é quase o dobro do registrado em 2019 e mais do que o triplo de 2018. Segundo dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), do Ministério da Economia, 102,3 mil revólveres e pistolas estrangeiros foram comprados até meados de novembro por pessoas físicas e jurídicas e por órgãos públicos. No ano passado, haviam sido importados 54,6 mil armamentos desse tipo, o que já representava um salto em relação a 2018 e à série histórica desde 2009.

No último ano do governo Temer, foram 28,3 mil revólveres e pistolas importados. Somado, o número de importações em uma década, de 2009 a 2018, de acordo com o Siscomex, foi de 83,6 mil unidades, número 18% inferior ao total importado apenas neste ano.

Na quarta-feira, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o imposto na importação de revólveres e pistolas, medida que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2021. A resolução é assinada pelo presidente do Comitê-Executivo de Gestão Substituto e secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys. A mudança na alíquota, que era de 20%, foi comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais.

As mudanças que facilitam a compra e o porte de armas no país são parte das promessas de campanha do presidente, um defensor do armamento da população.

 

 

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