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Quando vai chover em SP? Veja previsão do tempo para Brasil nesta quinta-feira

Alerta do Inmet aponta que onda de calor de Rondônia ao Rio Grande do Sul fará temperatura aumentar em até 5ºC acima da média pelos próximos dias

Crise: a Espanha experimentou uma onda de calor que durou 21 dias (AFP Photo)

Crise: a Espanha experimentou uma onda de calor que durou 21 dias (AFP Photo)

Agência o Globo
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Publicado em 12 de setembro de 2024 às 06h19.

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A cidade de São Paulo registra, desde segunda-feira, a pior qualidade do ar do mundo, de acordo com o site de monitoramento IQAir. Na capital, a situação é de uma seca intensa que afetou rios e de cinzas das queimadas do Norte, que mudaram a cor do céu. Nesta quinta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de "grande perigo" de onda de calor e um de baixa umidade. Segundo o Climatempo, a previsão é que não chova na capital até o domingo, dia 15.

Para esta semana, um alerta meteorológico do Inmet aponta uma nova onda de calor, de "grande perigo", que fará a temperatura aumentar em até 5ºC acima da média histórica pelos próximos dias.

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O alerta de onda de calor do Inmet atinge os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, além de partes do Rio de Janeiro, Minas, e do Amazonas. Nestas áreas, o instituto emitiu um alerta vermelho de "grande perigo". Já no Sul, um alerta de menor gravidade, de "perigo", deve afetar Santa Catarina e partes do Paraná e do Rio Grande do Sul. O aviso de onda de calor se iniciou na segunda-feira e deve se estender por um período de três dias. Com a baixa umidade, as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas cidades.

O Inmet também prevê baixa umidade para quase todo o país nesta quinta-feira, seguindo o padrão desde o início da semana. Combinada às altas temperaturas, causadas pela onda de calor que avança do Amazonas ao Rio Grande do Sul, a umidade relativa do ar deve permanecer entre 20% e 30% durante todo o dia.

O alerta emitido pelo Inmet atinge 21 estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

O Inmet emitiu também um alerta de tempestades para o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira. Na maior parte do estado, o aviso se estende até a tarde, com chuva entre 20 a 50 mm por dia, ventos intensos, entre 40 e 60 km/h, e queda de granizo.

Alertas emitidos pelo Inmet para quinta-feira

Quando chove em São Paulo?

A qualidade do ar segue piorando ao longo da semana. Nesta quarta-feira, todas as estações da Cetesb, companhia ambiental do estado, apresentaram qualidade ruim ou muito ruim, à exceção de Diadema, no ABC paulista, que registra qualidade moderada.

Para a Cetesb, a situação só vai melhorar quando os focos de incêndio forem controlados e com a mudança do tempo, que permita a dispersão dos poluentes. O tempo seco e quente piora a qualidade do ar. A previsão é de que, no domingo, a capital paulista tenha alguma chuva.

Segundo o Climatempo, uma mudança brusca de temperatura está prevista para o domingo, quando a máxima será de 20°C e a mínima de 16°C. A expectativa é de que a precipitação seja de 0.7 milímetros, com uma noite nublada e "possibilidade de garoa".

Onda de calor?

A MetSul meteorologia explica que o Brasil está sob a influência de uma massa de ar extremamente seco e quente, o que também resulta em umidade muito baixa. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Durante a tarde, o nível ficou até abaixo de 10% em alguns locais, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20% são considerados uma situação de emergência.

O final de semana já foi de muito calor em boa parte do país, com marcas acima de 40ºC em alguns lugares, como Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS), onde fez 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO), que marcou 40,3ºC. Mas, segundo a MetSul, a onda de calor no Brasil vai ganhar força e atingir o seu máximo de intensidade nesta semana.

A estiagem prolongada e o solo a cada dia mais seco criam um ciclo que se retroalimenta, afirma a MetSul. Nos próximos dias, a massa de ar seco e quente sobre o Brasil vai se intensificar ainda mais e se expandir.

Além dos alertas de calor e baixa umidade, o Inmet também prevê, para esta quarta-feira, fortes ventos no Nordeste. O Instituto emitiu alertas de vendaval e de ventos costeiros, que devem atingir oito estados.

Alta de queimadas

A partir da seca, o Brasil vem sofrendo com a alta de queimadas, que leva consequências às cidades do Norte e do Sul. Isso também contribui para o aumento das temperaturas. Além dos municípios do Norte estarem sofrendo com as queimadas da própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste recebem a fumaça, já que um corredor de vento se desloca do Norte ao Sul do país, no momento.

No final de semana, foram registrados 7028 focos de calor no país, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao fogo.

De acordo com os dados da IQAir, Porto Velho, Rio Branco e São Paulo tiveram as piores qualidades de ar do mundo, no domingo, 8.

Coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da PUC-Rio, Adriana Gioda explica que os valores estavam mais de 10 vezes acima do limite seguro recomendado pela OMS.

"Ou seja, toda a população (dessas cidades) pode apresentar riscos de manifestação de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de aumentar a possibilidade de mortes prematuras em grupos de risco", afirma a especialista.

 

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