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Qual é o impacto do Carnaval de rua no trânsito de SP? MP tenta avaliar situação após denúncias

Investigação irá apurar irregularidades denunciadas por associações de bairro em eventos realizados no último final de semana

Carnaval de rua em SP: bloco com público estimado entre 20 mil e 40 mil pessoas foi transferido para as proximidades de uma casa de repouso para idosos (BRUNO ROCHA/Estadão Conteúdo)

Carnaval de rua em SP: bloco com público estimado entre 20 mil e 40 mil pessoas foi transferido para as proximidades de uma casa de repouso para idosos (BRUNO ROCHA/Estadão Conteúdo)

AO

Agência O Globo

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 13h15.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 13h21.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou inquérito civil para avaliar os impactos do Carnaval de rua no bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital. A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo foi procurada por associações de moradores após os desfiles do último final de semana, que teriam atrapalhado o trânsito da região.

As entidades procuraram o MP para informar, por exemplo, que um bloco com público estimado entre 20 mil e 40 mil pessoas foi transferido para as proximidades de uma casa de repouso para idosos. Além disso, o local em que o cordão foi realocado tem capacidade para apenas 2 mil pessoas, segundo as associações.

Para os procuradores do MP, o município tem o dever de "exercitar o poder de polícia quanto ao uso e à ocupação do solo urbano e de realizar ações para afastar transtornos e riscos à população, inclusive com relação a eventual uso irregular de áreas públicas".

As associações de moradores de Pinheiros querem que a prefeitura garanta a segurança da população e não impeça a circulação de veículos nas vias.

Após a abertura do inquérito, o Ministério Público enviou uma lista de recomendações a serem tomadas pela gestão do prefeito Ricardo Nunes, por exemplo, o controle e a fiscalização em relação às áreas públicas no período de festividades de Carnaval, visto que a região abriga comércios, grande circulação de bicicletas nas ciclovias e de veículos e transporte público nas vias.

Entre as organizações que buscaram a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, estão a Associação de Moradores de Pinheiros (Amor Pinheiros), a Baixo Pinheiros Comunidade, a Associação de Moradores da Joaquim Antunes, a Associação dos Moradores dos Predinhos da Hípica, a Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto, a Associação dos Moradores da Rua Virgílio de Carvalho Pinto, a Associação dos Moradores da Rua Ministro Costa e Silva e Adjacências, o Coletivo de Moradores do Baixo Pinheiros e o Coletivo Pinheiros.

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