(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Clara Cerioni
Publicado em 24 de agosto de 2020 às 14h40.
Última atualização em 24 de agosto de 2020 às 16h28.
O número de mortes em decorrência de complicações da covid-19 caiu em todas as regiões de São Paulo. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Saúde nesta segunda-feira, 24, e mostram que em todo o estado a diminuição foi de 9%.
O valor leva em conta a média diária de óbitos que caiu de 252 para 230, comparando a semana retrasada com a última. No meio de julho, o estado registrou o mais alto valor médio de vítimas em sete dias, com 278.
"Essa queda nos conforta, porque estamos falando em vidas que estão sendo poupadas. Mas repito o que já disse aqui: não é hora de celebrarmos nem comemorarmos nada", disse o governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O balanço divulgado foi feito com base nas semanas epidemiológicas, estabelecidas por convenção internacional. Este tipo de análise é considerada mais segura porque não sofre tantas oscilações pontuais em um dia, para mais ou para menos.
Os dados levam em consideração a semana epidemiológica 34, que foi de 16 de agosto a 22 de agosto, e a semana 33, que foi de 8 a 15 de agosto.
Na capital paulista, comparando as duas semanas, a queda no número médio de mortes confirmadas em sete dias foi de 19%, passando de 72 para 59. O pico foi registrado em junho, quando 110 pessoas, em média, perderam a vida em decorrência da covid-19.
No interior (só excluindo a capital), esta queda foi de 5%, passando de 180 mortes na semana 33, para 171 vítimas na semana 34.
Em relação ao número de casos, a queda também foi na mesma tendência. Na última semana, foram 7.388 infecções confirmadas diariamente. Nos sete dias anteriores a média ficou em 10.828 casos, uma redução de 32%.
No acumulado, o estado tem um total de 756.480 casos confirmados e 28.505 vítimas do coronavírus.
Mesmo com a queda no número de mortes e de casos, as testagem continuam, há cerca de um mês, com uma média de 40 mil por dia, segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.
"A testagem é fator fundamental para saber quem são os pacientes em condição leve para a gente possa rastrear os contactantes e isolá-los. Isso dá uma garantia de bloqueio sem risco de aumento da transmissão", disse ele nesta segunda-feira.