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Punir empresas do Lava Jato não afeta economia, diz Cardozo

"Economicamente tem de tomar as medidas necessárias para que o mercado não sofra nenhum abalo", afirmou o ministro da Justiça


	José Eduardo Cardozo: "é perfeitamente possível o rigor da lei e a saúde econômica", disse
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

José Eduardo Cardozo: "é perfeitamente possível o rigor da lei e a saúde econômica", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 13h12.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a afirmar que é possível aplicar punições às empresas envolvidas no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato sem que isso gere fortes perdas para o ambiente econômico.

"Do ponto de vista das empresas, me parece que há um desejo claro, que não afasta as punições de quem deva ser punido, e que nós não criemos situações que atrapalhem a vida econômica dos brasileiros. (É preciso) punir quem tem que ser punido. Economicamente tem de tomar as medidas necessárias para que o mercado não sofra nenhum abalo. Aliás, é perfeitamente possível o rigor da lei e a saúde econômica", disse após evento que abriu consulta pública para regulamentação do Marco Civil na internet.

"A lei será cumprida. Haverá uma investigação dura. Os que praticaram atos ilícitos evidentemente sofrerão as consequências", ponderou o ministro.

Diante dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção que envolve a Petrobras, o governo tem se mostrado preocupado com o impacto econômico no País.

O escândalo, deflagrado em março do ano passado, além de envolver a maior empresa pública do País, tem participação das principais construtoras de atuação nacional.

Uma das preocupações do governo é a de que a declaração de inidoneidade dessas empreiteiras possa gerar um desequilíbrio econômico no setor, agravando a situação econômica do País.

Novo ministro

Questionado sobre a indicação do novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira, 28, que a presidente Dilma Rousseff "está pensando (no nome do indicado), mas não tem nada certo ainda".

Cardozo costuma ser ouvido pela presidente para as indicações do Supremo e o nome do novo ministro, inclusive, já foi cogitado para a vaga. Questionado sobre se escolhido deve ser anunciado em fevereiro, quando o Judiciário volta do recesso, Cardozo respondeu: "Deus dirá."

A expectativa é de que Dilma apresente um nome após a nova composição do Congresso tomar posse, em 1º de fevereiro. O indicado terá de passar por uma sabatina e pela aprovação do Senado Federal antes de assumir a cadeira, deixada vaga por Joaquim Barbosa, há seis meses.

Cardozo participou hoje pela manhã de ato no Ministério da Justiça que deu abertura a debates públicos sobre projeto de lei de proteção de dados pessoais e o decreto de regulamentação do Marco Civil da Internet.

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