Dilma Rousseff: sua coligação pedirá à Justiça direito de resposta no horário eleitoral (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 17h28.
São Paulo - O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou nesta quarta-feira, 24, que a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff vai ingressar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o programa eleitoral da ex-ministra Marina Silva (PSB) que apontou a petista como responsável pelo prejuízo da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA).
A coligação de Dilma pedirá à Justiça direito de resposta no horário eleitoral.
"Ela (Marina) excedeu todos os limites de desfaçatez, igualando as práticas mais obscuras da velha política", disse Falcão.
"Embora nem coerência nem sinceridade sejam atributos muito visíveis na campanha (da candidata do PSB), a maneira como ela se comporta chega a surpreender os seus críticos mais ferrenhos", acrescentou.
Nessa terça-feira, 23, a propaganda de Marina na TV levou ao ar uma peça publicitária na qual são exibidas manchetes de jornais, entre eles o jornal O Estado de S. Paulo, e um locutor diz que "o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a pedir que Dilma responda pelo rombo na empresa (Petrobras)".
Para o advogado da campanha de Dilma, Flávio Caetano, o fato é "sabidamente inverídico e mentiroso", uma vez que o TCU posteriormente isentou a presidente de "qualquer responsabilidade no caso de Pasadena".
O TCU calculou que a transação envolvendo a refinaria causou um prejuízo de US$ 792 milhões.
À época da compra da primeira metade de Pasadena, Dilma era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da Petrobras.
"Não pode Marina apresentar fato inverídico, dizendo que o TCU recomendava a responsabilidade (de Dilma)", concluiu Caetano.
Aécio
O jurídico do comitê pela reeleição de Dilma também afirmou hoje que vai pedir direito de resposta contra o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves.
Flávio Caetano disse que a medida terá como alvo o programa do tucano de terça-feira, no qual a administração do PT é apresentada como um governo "de improviso", que "não entrega obras não planeja".
Segundo Caetano, a peça também sugere que o governo do PT apenas financia projetos fora do país, citando como exemplo o porto de Muriel (Cuba).
Falcão reagiu hoje e disse que, no porto cubano, 80% dos equipamentos e dos serviços estão sob responsabilidade de empresas brasileiras, o que gera empregos no País abre possibilidades para a inserção de companhias nacionais no mercado do Caribe.