Brasil

Preso, Vaccari é afastado do cargo de tesoureiro do PT

João Vaccari Neto foi citado por delatores da Operação Lava Jato como integrante do esquema de corrupção e pagamento de propina envolvendo a Petrobras.


	O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 15 de abril de 2015 às 18h06.

São Paulo – O PT divulgou nota no fim da tarde de hoje afirmando que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, pediu afastamento do cargo "por questões de ordem práticas e legais". Vaccari foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. 

A nota oficial diz que a prisão do petista "é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado".

No documento, o partido reafirma que confia na inocência do tesoureiro e informa que os advogados de Vaccari já entraram com pedido de habeas corpus. 

O PT adiou o quanto pôde a saída do petista. O tesoureiro foi citado por delatores da Operação Lava Jato como integrante do esquema de corrupção e pagamento de propina envolvendo a Petrobras.

Segundo a Polícia Federal, há ainda provas de movimentações financeiras suspeitas nas contas de familiares do tesoureiro.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a saída de Vaccari foi definida num almoço entre o presidente do PT, Rui Falcão, e o ex-presidente Lula.

A prisão de Vaccari na manhã de hoje surpreendeu o partido. O tesoureiro havia sido ouvido na CPI da Petrobras na semana passada, quando negou qualquer envolvimento no esquema.

Veja abaixo a íntegra da nota do PT:

O Partido dos Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de hoje (15 de abril), do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos seguintes termos:

1 – A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.

2 - Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário.

3 – Os advogados que cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.

4 – Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.

5 – O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final. 

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPartidos políticosPetrobrasPetróleoPolícia FederalPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha