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PT tentará acabar com mito da boa gestão tucana, diz Falcão

Segundo presidente do PT, campanha de Dilma tentará destruir o "mito" de que tucanos são bons gestores e também ampliará a busca de votos em São Paulo

Apoiadores do PT durante a plenária com prefeitos e lideranças no Atlantic City Club, em Teresina (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Apoiadores do PT durante a plenária com prefeitos e lideranças no Atlantic City Club, em Teresina (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 19h08.

Brasília - Nas próximas semanas a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição tentará destruir o "mito" de que tucanos são bons gestores e também ampliará a busca de votos em São Paulo, afirmou nesta quarta-feira o presidente do PT, Rui Falcão.

"Nós vamos mostrar o desempenho das gestões tucanas em Minas Gerais e em outros lugares para demolir esse sofisma de que eles são bons gestores", disse Falcão a jornalistas após reunião da Executiva Nacional do partido em Brasília.

Segundo Falcão, durante a reunião ficou definido que é preciso esclarecer que o projeto de mudança do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, é uma volta ao passado.

"É necessário deixar claro para a população que o projeto de mudança do nosso adversário é uma mudança em direção ao passado e nós propomos mudanças em direção ao futuro", disse.

O presidente do PT afirmou ainda que a situação de Dilma em São Paulo, onde Aécio teve uma grande vantagem no primeiro turno, também foi discutida na reunião, e o tema será ainda mais aprofundado na quinta-feira, durante uma reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com dirigentes do partido em São Paulo.

Em todo o Brasil, Dilma obteve no último domingo 41,59 por cento dos votos válidos, enquanto Aécio chegou a 33,55 por cento. Mas em São Paulo o tucano teve 44,22 por cento, enquanto a presidente somou apenas 25,82 por cento.

Uma série de medidas de adensamento de votos em São Paulo será tomada nas próximas semanas, de acordo com Falcão, que não detalhou quais seriam essas ações.

A própria Dilma reconheceu, na terça-feira, o mau desempenho nas urnas no Estado, maior colégio eleitoral do país.

"Eu não tive votos, não tem diagnóstico mais simples e mais humilde... voto a gente pode fazer todas as suposições, mas tem que partir desse princípio: ir buscá-lo", disse a presidente, acrescentando que no segundo turno apresentará "propostas específicas" para o Estado.

Ao falar sobre as propostas para a economia, que tem apresentado desempenho fraco no atual governo, Falcão afirmou que a inflação está sob controle e que o objetivo é manter o crescimento, "sem arrocho, sem desemprego, sem recessão, sem choques".

"Há 12 anos não suplantamos a meta (da inflação). Ao contrário do período anterior (dos tucanos), que terminou com inflação de 12,5 por cento, exigindo que o presidente Lula tomasse medidas rigorosas para que não acontecesse no país como no passado e quebrasse três vezes", disse.

Apoio e Lula 2018

Falcão disse esperar mais apoios à candidatura de Dilma e afirmou que o apoio do PSB ao PSDB não apagará os laços históricos entre a sigla e o PT.

"Eu não sei o que o PSB vai decidir. O que eu sei é que nós temos uma convivência histórica com o PSB... há figuras históricas do PSB que caminharam lado a lado com o presidente Lula", disse ele, antes do anúncio da decisão do partido de apoiar Aécio e citando Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, o presidente do partido, Roberto Amaral, e também Eduardo Campos, que encabeçava a chapa da legenda nesta eleição, mas foi substituído por Marina Silva após morrer em um acidente aéreo em agosto.

Falcão mencionou ainda uma possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, quando foi questionado sobre como o eleitor pode saber que está fazendo a escolha certa se o partido não apresentou um programa de governo, como vinha cobrando Marina.

"Ele (o eleitor) vai ver os resultados e certamente se o presidente Lula for nosso candidato ele vai ficar muito feliz... É minha opinião. Se ele vai querer ou não... Eu acho que boa parte da militância do nosso partido desejaria que ele voltasse daqui quatro anos", afirmou.

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