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PT tenta conter avanço de Eduardo Campos no Nordeste

Até o início de março, Dilma deve visitar ao menos seis estados da região crucial para o projeto de reeleição


	Dilma Rousseff: a avaliação dos petistas é que o partido precisa melhorar a articulação política com governadores e prefeitos do Nordeste, principalmente após o resultado das eleições de 2012
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma Rousseff: a avaliação dos petistas é que o partido precisa melhorar a articulação política com governadores e prefeitos do Nordeste, principalmente após o resultado das eleições de 2012 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo e Teresina - A presidente Dilma Rousseff desembarca nesta sexta-feira no Piauí diante da constatação do PT de que a recuperação do prestígio político da sigla no Nordeste, região sob forte influência do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), é crucial para o projeto de reeleição em 2014.

Até o início de março, Dilma deve visitar ao menos seis Estados da região.

A avaliação dos petistas é que o partido precisa melhorar a articulação política com governadores e prefeitos na região, principalmente após o resultado das eleições de 2012, da qual o PSB saiu fortalecido.

Além disso, o Planalto precisa driblar o desgaste político gerado pela paralisação nos canteiros de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na região.

O giro de Dilma pelo Nordeste inclui ainda Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. A região também está na mira do ex-presidente Lula.


O Nordeste tem sido tradicionalmente um reduto eleitoral do PT. Nas últimas três eleições presidenciais (2002, 2006 e 2010), deu ampla margem de vitória para os candidatos do partido - Lula e Dilma. Em 2010, a petista teve 10,7 milhões de votos a mais na região que José Serra (PSDB).

A direção do PT acredita que poderia ter se saído melhor na disputa pelas prefeituras do Nordeste na eleição do ano passado - avalia também ter patinado em algumas costuras políticas.

Além do prestígio de Campos e do PSB na região, o PT teme efeitos da retomada de poder da oposição de redutos emblemáticos, como a volta do DEM a Salvador, com Antonio Carlos Magalhães Neto.

Em 2008, 24% das prefeituras obtidas pelo PT estavam no Nordeste. Em 2012, o porcentual subiu para 30%, mas o partido perdeu espaço político nas capitais.

A direção do PT avalia que é preciso começar agora a preparar o terreno para 2014, quando poderá se dar um embate entre Dilma e Campos, um dos governadores mais bem avaliados do País. Não por acaso o PT marcou a reunião do Diretório Nacional, em março, em Fortaleza.

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