O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado Sibá Machado (AC) (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 15h54.
O PT vai reivindicar a presidência ou a relatoria da nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de fraudes nas licitações de contratos da Petrobras, disse hoje (4) o líder do partido na Câmara, deputado Sibá Machado (AC).
Ontem (3), a oposição conseguiu o número suficiente de assinaturas para a criação da CPI.
Nesta quarta-feira, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara confirmou 182 assinaturas das 171 necessárias.
Sibá ressaltou que a escolha é uma prerrogativa do partido que tem maior bancada na Casa, no caso o PT que conta com 69 deputados. “Não vale, nesses casos, a formação de blocos. O que vale aqui são os tamanhos das bancadas”.
"A maioria vai reivindicar a relatoria ou a presidência. Nesse caso, é direito nosso e nós vamos reivindicar”, destacou o líder ao sair de reunião da bancada do PT.
O próximo passo para a instalação da CPI é a leitura do requerimento no plenário pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em seguida, os líderes partidários terão o prazo de até cinco sessões ordinárias para apresentar os nomes dos integrantes da comissão, como prevê o Regimento da Câmara.
Se algum partido deixar de indicar os seus integrantes para a comissão, caberá a Eduardo Cunha fazê-la. Sem definir uma data, Cunha já avisou que fará o que prevê o regimento e determinará a instalação da CPI.
Sibá também criticou a aprovação da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, que trata da reforma política e eleitoral, promovida por Cunha. Com a aprovação da admissibilidade, foi criada uma comissão especial para analisar a proposta de reforma política. Segundo o petista, o presidente da Câmara está indo rápido demais no debate.
“Temos um presidente na Casa que botou uma peça de chumbo na sola do sapato, querendo acelerar o máximo dentro daquilo que ele entende ser o melhor”, disse.
A admissibilidade da PEC da reforma política e eleitoral foi aprovada nessa terça-feira, depois de horas de discussões e obstrução de partidos como o PT, o PCdoB e o PSOL.