Deputado Marco Feliciano (PSC-SP) durante reunião ordinária da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 19h32.
Brasília - O PT pretende brigar pelo controle da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados após um ano de turbulências provocadas pela passagem do pastor Marco Feliciano (PSC) na presidência do grupo. Deputados ligados à área temem que a comissão seja pleiteada pelo PP, que poderia colocar o deputado Jair Bolsonaro (RJ) na liderança dos trabalhos.
O PT tem direito a pleitear o controle de três comissões por ser o partido com o maior número de parlamentares na Casa (88). No último ano, o PT presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, a Comissão de Relações Exteriores e a de Seguridade Social e Família. A preocupação agora é priorizar a CCJ e os Direitos Humanos. "A comissão precisa ser libertada do fundamentalismo que a aprisionou", disse a deputada petista Érika Kokay (DF).
Atualmente, a Câmara tem 21 comissões e há proposta para o desmembramento de algumas comissões, criando espaço para dois novos grupos de trabalho permanente. Assim, o PT poderia reivindicar o comando de uma quarta comissão. Hoje, líderes da bancada se reuniram para discutir os pleitos do partido e, além da CCJ e Direitos Humanos, os petistas têm interesse nas comissões de Agricultura, Educação e Seguridade Social e Família. A intenção do PT em retomar a Comissão de Direitos Humanos tem o apoio do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
O PP, no entanto, está de olho na Comissão de Minas e Energia, mas ameaça colocar Bolsonaro em Direitos Humanos se não tiver seu pleito atendido. "Nossa intenção é ficar com a Comissão de Minas e Energia. Mas se não conseguirmos, o Bolsonaro está trabalhando na bancada e já tem maioria para que presida a Comissão de Direitos Humanos", disse o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).