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PT na Câmara de SP articula CPI governista

O presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), afirmou que nesta quinta-feira, 27, o plenário decidirá entre os três pedidos de CPI em análise


	A bancada evangélica, que tem 17 vereadores, começou a apoiar a CPI após o prefeito Fernando Haddad (PT) vetar brecha em lei que reduzia regras para a construção de novos templos religiosos na capital paulista
 (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo)

A bancada evangélica, que tem 17 vereadores, começou a apoiar a CPI após o prefeito Fernando Haddad (PT) vetar brecha em lei que reduzia regras para a construção de novos templos religiosos na capital paulista (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 18h09.

São Paulo - Um dia após barrar a aprovação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) dos transportes, a bancada do PT na Câmara de São Paulo, pressionada pelo Movimento Passe Livre, recuou nesta quarta-feira e agora tenta criar um grupo comandado por governistas. O presidente será o vereador Paulo Fiorilo (PT) e o relator, o vereador Milton Leite (DEM), governista e líder de perueiros na zona sul.

O presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), afirmou que nesta quinta-feira, 27, o plenário decidirá entre os três pedidos de CPI em análise. A proposta que estava no plenário e tinha apoio de pelo menos 25 parlamentares é de autoria do vereador Ricardo Young (PPS), de oposição.

Existe ainda outra proposta de CPI dos transportes, feita pelo vereador Paulo Frange (PTB), partidário do governo. "O que está sendo indicado aqui é que haverá uma CPI chapa-branca e que não vai abrir a caixa-preta dos contratos da Prefeitura com o setor dos transportes", afirmou Young. "CPI chapa-branca, não, não aceitamos isso", criticou no plenário o vereador Mário Covas Neto (PSDB).

A articulação do PT foi definida em reunião da bancada realizada por volta das 13h30. No encontro, petistas afirmaram ao líder de governo, Arselino Tatto (PT), que estavam pressionados pelas bases para votar a favor da comissão. Tatto, então, propôs que a bancada entrasse em acordo para propor uma comissão com o comando de governistas.

"Não vai ser uma CPI chapa-branca. Vai ser uma CPI com foco, que vai analisar, minuciosamente, todos os contratos dos transportes", argumentou Fiorilo.

A mudança de planos na bancada do PT, a maior da Casa, com 11 vereadores, ocorre após racha na base governista, antes formada por 42 dos 55 parlamentares.

A bancada evangélica, que tem 17 vereadores, começou a apoiar a CPI após o prefeito Fernando Haddad (PT) vetar brecha em lei que reduzia regras para a construção de novos templos religiosos na capital paulista. Com oito parlamentares, o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab também se rebelou da base após o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, dizer que a CPI era só para "achacar" o setor de transportes. O PSD não aceitou o pedido de desculpas de Jilmar Tatto.

A bancada do PT conta com o apoio de três dos principais líderes de perueiros da capital, Milton Leite e os petistas Senival Moura e Vavá dos Transportes. O PT tenta ainda conseguir até esta quinta-feira recuperar o apoio dos evangélicos. Cerca de 150 pessoas que assistem o debate nas galerias do plenário do Palácio Anchieta vaiaram os vereadores após a apresentação do pedido de CPI governista.

"O PT nunca foi contra CPI dos transportes, precisam ficar claras essas coisas. O PT não teme CPI", discursou o vereador Alfredinho (PT), um dia após ajudar a barrar a votação da CPI dos transportes proposta por Young.

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