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PT, MDB e PSDB terão 34% do tempo de TV e rádio na campanha eleitoral

Já os partidos de Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes terão apenas 4,2% do tempo total

Partido dos Trabalhadores: sigla de Lula terá a maior parcela de tempo de TV e rádio durante campanha eleitoral de 2018 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Partido dos Trabalhadores: sigla de Lula terá a maior parcela de tempo de TV e rádio durante campanha eleitoral de 2018 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Flávia Furlan

Publicado em 12 de junho de 2018 às 18h26.

Última atualização em 12 de junho de 2018 às 18h42.

São Paulo — Os três maiores partidos brasileiros terão 34% do tempo de televisão e rádio nas eleições  de 2018, segundo um levantamento feito pelos analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do banco BTG Pactual.

O PT, por exemplo, terá à disposição 11,5 dos 95 minutos da propaganda eleitoral diária – aqui, estão contabilizados os 25 minutos do bloco diário do horário eleitoral e os 70 minutos de inserções espalhadas pela programação dos veículos de comunicação. O MDB, por sua vez, terá o equivalente a 11,08 minutos e o PSDB, a 9,24 minutos.

Já os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é considerado terão menos tempo: apenas 4,2% do total. Jair Bolsonaro, do PSL, terá apenas 26,3 segundos, enquanto Marina Silva, da Rede, terá meros 16,3 segundos e Ciro Gomes, do PDT, o terceiro melhor posicionado nas pesquisas, terá 3,6 minutos.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, 10% do tempo de televisão e rádio serão divididos igualmente entre os 35 partidos existentes no país. Em 2014, 30% do total foi dividido entre as legendas.

Desta forma, o tempo restante -- ou 90% -- será distribuído proporcionalmente ao número de deputados eleitos pela coligação do partido em 2014. Segundo os analistas, isso levará os maiores e mais estabelecidos partidos a ter uma fatia ainda maior do tempo.

PARTIDONÚMERO DE CADEIRAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOSTEMPO NA PROPAGANDA ELEITORAL (EM SEGUNDOS)*PARCELA DO TEMPO (PROPAGANDA ELEITORAL)TEMPO NAS INSERÇÕES DIÁRIAS ELEITORAIS (EM SEGUNDOS)**PARCELA DO TEMPO (INSERÇÕES DIÁRIAS)
PT68183,212,2%513,112,2%
PMDB65175,311,7%490,911,7%
PSDB54146,49,8%409,99,8%
PP38104,37,0%292,07,0%
PSD3699,06,6%277,36,6%
PSB3493,86,3%262,56,3%
PR3493,86,3%262,56,3%
PTB2570,14,7%196,24,7%
DEM2159,54,0%166,74,0%
PRB2159,54,0%166,74,0%
PDT2056,93,8%159,43,8%
SD1543,82,9%122,52,9%
PSC1338,52,6%107,82,6%
PROS1133,22,2%93,12,2%
PC do B1030,62,0%85,72,0%
PPS1030,62,0%85,72,0%
PV825,31,7%70,91,7%
PSOL517,41,2%48,81,2%
PHS517,41,2%48,81,2%
PODE414,81,0%41,51,0%
PMN312,20,8%34,10,8%
PRP312,20,8%34,10,8%
AVANTE29,50,6%26,70,6%
PSDC29,50,6%26,70,6%
PTC29,50,6%26,70,6%
PEN29,50,6%26,70,6%
PSL16,90,5%19,40,5%
PRTB16,90,5%19,40,5%
PSTU04,30,3%12,00,3%
PCB04,30,3%12,00,3%
PPL04,30,3%12,00,3%
PCO04,30,3%12,00,3%
NOVO04,30,3%12,00,3%
PMB04,30,3%12,00,3%
REDE04,30,3%12,00,3%
Total5131.500100,0%4.200100,0%

* Considera o bloco de 25 minutos diário de propaganda eleitoral
** Considera as inserções diárias na programação, que somam 70 minutos diários no total

FUNDO ELEITORAL

Em relação aos recursos públicos, o MDB, o PT e o PSDB terão, juntos, 24% do total. Os dez maiores partidos terão 75% do dinheiro público.

O relatório lembra que as eleições de 2018 serão feitas com novas regras que visam trazer menos custos e maior transparência para as campanhas. O financiamento será majoritariamente público, com um fundo eleitoral de 2,6 bilhões de reais. Em 2014, as campanhas totalizaram 5,1 bilhões de reais.

Os recursos empresariais estão proibidos e os próprios candidatos poderão colocar a totalidade do dinheiro que precisam. No entanto, há um teto de gastos de 70 milhões de reais para o primeiro turno da eleição presidencial e de 35 milhões de reais no segundo turno. Só para comparar, em 2014, a campanha de Dilma Rousseff custou 350 milhões de reais.

Os partidos de candidatos que estão à frente das pesquisas de voto vão ter uma parcela pequena dos recursos. O PSL, de Bolsonaro, terá apenas 0,6%, enquanto a Rede, de Marina Silva, terá 0,4%.

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