Brasil

PT fecha questão contra PEC da reforma política

Petistas reafirmaram a posição em favor do financiamento público das campanhas eleitorais "como parte da reforma política necessária"


	Urna eletrônica: parlamentares irão se debruçar sobre a questão com a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal também se posicione sobre o caso
 (Elza Fiúza/ABr)

Urna eletrônica: parlamentares irão se debruçar sobre a questão com a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal também se posicione sobre o caso (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 21h08.

São Paulo - A Comissão Executiva Nacional do PT aprovou na tarde desta quinta-feira uma resolução para "fechar questão" contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) 325, de 2013, que versa sobre reforma política.

De acordo com a nota do partido, a Executiva e a Bancada do PT reafirmam a posição em favor do financiamento público das campanhas eleitorais "como parte da reforma política necessária ao Brasil, e decidem, de acordo com as normas estatutárias, fechar questão contra a PEC352/2013".

A PEC 352/13, fruto de grupo de trabalho coordenado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), entre outras questões, prevê que o financiamento das campanhas eleitorais poderia ser público, privado ou misto, conforme decisão dos partidos. O projeto deve ser votado pela Câmara dos Deputados na segunda quinzena de maio, informou no início deste mês o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Os parlamentares irão se debruçar sobre a questão com a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal também se posicione sobre o caso. A corte interrompeu o julgamento da ação que questiona a constitucionalidade da doação de empresas para campanhas políticas no último dia 2, após um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, mas a maioria da Corte já se manifestou pela proibição do financiamento privado. Seis ministros votaram pela proibição de doações de empresas e um integrante foi contra.

Na nota da Executiva do PT divulgada hoje após a reunião, fica estabelecida ainda orientação à bancada a "pautar a votação do projeto do Decreto Legislativo que propõe a convocação de plebiscito sobre a reforma do sistema político eleitoral".

A decisão da Executiva chega dois dias depois da afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista concedida a blogueiros, sobre a necessidade do financiamento público no sistema eleitoral brasileiro. De acordo com Lula, este é o modo mais barato e honesto de angariar recursos para partidos."Acho que é mais honesto do que esse sistema que tem hoje que todo mundo pede dinheiro para todo mundo e não presta contas com ninguém", disse Lula na entrevista, concedida na última terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos TrabalhadoresReforma políticareformas

Mais de Brasil

Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

Feriado prolongado deve atrair 2,4 milhões de turistas para São Paulo

Novo equipamento para monitorar trânsito chama atenção de motoristas

Bolsonaro segue em UTI cinco dias após cirurgia e tem 'boa evolução clínica', diz boletim médico