A deputada Iriny Lopes (PT-ES) protocolou um processo disciplinar contra Feliciano pela declaração de que a comissão era dominada por "Satanás" antes de ser presidida por ele (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 15h27.
São Paulo - Deputados do PT e do PSOL planejam apresentar nesta quarta-feira questões de ordem e pedidos de investigação contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Nesta terça-feira (02), a deputada Iriny Lopes (PT-ES) protocolou um processo disciplinar contra Feliciano pela declaração de que a comissão era dominada por "Satanás" antes de ser presidida por ele.
Na tarde desta quarta-feira, deputados do PT entregarão à Presidência da Câmara uma questão de ordem que contesta a validade da eleição de Feliciano como presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) argumentará que, durante a sessão de eleição do deputado do PSC de São Paulo, três questões de ordem apresentadas não foram resolvidas, como prevê o regimento da Casa.
Está prevista ainda a apresentação pelo PSOL de um pedido de investigação na Corregedoria da Câmara. O partido deve pedir apurações sobre a evolução patrimonial de Feliciano, o uso por ele de verba pública no mandato e a relação com uma produtora de vídeo.
O PPS também deve entrar com pedido de investigação.
Ao longo das últimas semanas, o deputado do PSC vem reafirmando que não deixará o comando da comissão. A permanência de Feliciano é questionada em razão de declarações passadas consideradas preconceituosas.
Na tarde desta quarta-feira, o deputado preside nova sessão da comissão. Na pauta da reunião, está prevista a discussão sobre a ida dele à Bolívia para tratar da prisão de torcedores corintianos.