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PT e PMDB vão retomar negociações sobre alianças nos Estados

Negociações foram interrompidas no início das manifestações populares que tomaram as ruas do país e provocaram mudanças nos tabuleiros eleitorais em todo país


	A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer: PT e PMDB se uniram nas disputas presidenciais de 2010 
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer: PT e PMDB se uniram nas disputas presidenciais de 2010  (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 22h36.

Brasília - PT e PMDB devem retomar na próxima semana as negociações para definir as alianças estaduais para as eleições do próximo ano que foram interrompidas no início das manifestações populares que tomaram as ruas do país em junho e provocaram mudanças nos tabuleiros eleitorais em todo país, disseram à Reuters fontes dos dois partidos nesta terça-feira.

A expectativa de petistas e peemedebistas é de que sejam definidos critérios para decidir em quais Estados eles podem fazer coligações pela disputa do governo e em quais locais os partidos devem ser adversários. A retomada das conversas é uma demonstração de que a aliança nacional entre as duas legendas deve ser mantida.

Na segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e alguns senadores do partido discutiram cenários eleitorais da legenda nos Estados e mantiveram a meta de lançar pelo menos 20 candidaturas para governos estaduais. Essa meta, porém, deve mudar depois das negociações com o PT, já que os petistas também pretendem lançar vários candidatos.

Em alguns casos, como São Paulo e Rio Grande do Sul, porém, já está praticamente certo que PT e PMDB terão candidatos próprios ao governo estadual, disse à Reuters um peemedebista sob condição de anonimato.

Em outros casos, dificilmente o PMDB apoiará o candidato petista. É o caso da Bahia, onde o governador Jaques Wagner (PT) buscará a reeleição. Naquele Estado, segundo esse peemedebista, a tendência é de que o PMDB faça uma aliança com o DEM, um dos partidos mais ativos na oposição ao governo federal.

Essa aliança com o DEM também pode se repetir em Sergipe, segundo a fonte.

Os critérios a serem definidos por PT e PMDB para fechar as alianças estaduais devem variar de acordo com a realidade de cada disputa local. Em alguns casos, as pesquisas de intenção de voto podem definir quem será o cabeça de chapa, mas em outros casos o equilíbrio da aliança e outros fatores serão levados em conta.

No Rio de Janeiro, onde o embate entre petistas e peemedebistas tem sido mais acirrado, o xadrez eleitoral ficou ainda mais indefinido após as manifestações populares, e PT nem PMDB abriram mão da disputa até agora. E aparentemente não haverá definição sobre isso na próxima semana.

"Essas negociações não se esgotam. Temos que fazer conversas constantes", disse o peemedebista ouvido pela Reuters.

O PMDB, por exemplo, trabalha com a hipótese de que o governador Sérgio Cabral renuncie ao governo no começo de 2014 para dar lugar ao vice, Luiz Fernando de Souza, o Pezão. Na aposta dos peemedebistas, Pezão conseguiria apresentar seu estilo de governar e manter o partido no comando do Estado.

O PT segue defendendo a candidatura do senador Lindbergh Farias e diz que chegou a vez de o PMDB apoiar um petista, argumentando que o partido apoiou Cabral em seus dois mandatos.

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