Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia (Ueslei Marcelino/Reuters)
Luiza Calegari
Publicado em 14 de março de 2018 às 15h20.
São Paulo – A página do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (PT-RJ) no Facebook publicou nesta quarta-feira (14) uma denúncia contra a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.
Segundo o partido, ela teria comprado, por 1,7 milhão de reais, um imóvel que pertencia ao doleiro Fayed Traboulsi, investigado na operação Lava Jato.
"A compra de um imóvel em Brasília pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, se tornou alvo de denúncia. De acordo com o blog do jornalista Mino Pedrosa, o imóvel está ligado ao doleiro Fayed Traboulsi, envolvido no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal”, diz o post.
"A casa estava no nome de Andréa Filipe Ramos, casada com Alexandre Chaves Ribeiro. Os dois, de acordo com a denúncia, são laranjas de Fayed e o imóvel 'deveria constar no rol de apreensões e bloqueios de bens do doleiro'. O valor, segundo o texto, também é suspeito, uma vez que a casa seria avaliada por pouco mais de R$ 3 milhões no mercado imobiliário".
A denúncia, de acordo com o post, data de 2015, e já teria sido refutada pela chefe de gabinete de Cármen Lúcia, Maria Cristina Petcov, que teria dito que as acusações "não têm pé nem cabeça".
Ela teria argumentado que a casa já foi financiada anteriormente por um valor parecido ao que foi pago pela ministra, o que invalidaria as estimativas de que o imóvel é avaliado pelo dobro do preço.
O STF foi procurado pela reportagem para se pronunciar sobre o caso, mas até a publicação deste texto ainda não tinha se manifestado.