UFF: universidade foi uma das instituições que sofreu intervenção de agentes públicos por suposta propaganda contra Jair Bolsonaro (PSL) (Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da UFF/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 17h41.
Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 17h45.
São Paulo - Em nota publicada com o título "a serpente fascista já espalha o terror pelo país", a Executiva Nacional do PT acusou agentes da Polícia Federal, da Polícia Militar e da Justiça Eleitoral de fazer um "ataque coordenado" em universidades a pedido do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, que ainda não se manifestou sobre a acusação.
Nos últimos dois dias, a Polícia Federal fez 17 ações em universidades de nove Estados. Na quinta-feira, 25, uma juíza no Rio ameaçou prender o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense se não fosse retirada uma faixa "Direito UFF Antifascista".
"Na reta final das eleições presidenciais os agentes do fascismo, desesperados pela onda de virada em direção à vitória de Fernando Haddad, exercem a violência contra os trabalhadores, os democratas e a inteligência do Brasil", diz a nota do partido, pontuando supostas ameaças à família de Amélia Teles, presa e torturada pela ditadura militar em 1972, e ações contra universidades e sindicatos.
"Assistimos também a um ataque coordenado, a pedido do partido de Bolsonaro, de agentes da Polícias Federal e militar e da Justiça Eleitoral às universidades em todo o país. Querem calar a consciência do Brasil, usando a força e a brutalidade", diz a manifestação da legenda petista.
A nota classifica os agentes como "seguidores do candidato violento e agentes do fascismo, incrustados no aparelho de Estado". O partido afirma ainda confiança em derrotar Bolsonaro no domingo, 28, através de uma vitória do candidato Fernando Haddad.