A presidente Dilma Rousseff: um dos assuntos centrais da reunião será o desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h47.
Brasília - O Partido dos Trabalhadores (PT), no poder desde 2003, inaugurará na quinta-feira seu V Congresso Nacional, que analisará o panorama eleitoral para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff deverá concorrer a um segundo mandato.
O congresso do PT será realizado em Brasília e na abertura, participarão a presidente Dilma e seu antecessor e mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, que fundou essa formação em 1980.
Um dos assuntos centrais da reunião, que se prolongará até sábado, será o desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano, quando os brasileiros irão às urnas para escolher um novo presidente e 27 governadores, assim como para renovar as câmaras legislativas.
Embora ainda não houve um anúncio oficial, no PT ninguém dúvida que Dilma será candidata a um novo mandato, apoiada em enquetes que, de forma unânime, a consideram como clara favorita e atribuem uma intenções de voto próxima a 50%.
De fato, um dos documentos que servirão de base para as discussões do Congresso Nacional do PT diz que essa formação "estará concentrada em 2014 na reeleição da companheira Dilma Rousseff".
Com relação à campanha, o documento acrescenta que "será fundamental" divulgar "a transformação" experimentada pela sociedade brasileira em áreas como o combate à miséria e à pobreza, que foi o eixo central das políticas dos Governos dirigidos por Lula e Dilma.
O quinto Congresso Nacional do PT também será o primeiro dessa formação desde que, no mês passado, foram presos o antigo presidente do partido José Genoino, o ex-ministro da Presidência José Dirceu e do antigo tesoureiro dessa formação Delúbio Soares,
Os três são parte do grupo de 25 políticos e empresários que foram condenados Mensalão.
Durante o congresso, também está previsto que haja diversos atos em "solidariedade" a Genoino, Dirceu e Soares, que cumprem suas respectivas penas em uma prisão de Brasília.
O documento que servirá de base para os debates do Congresso Nacional não faz nenhuma alusão direta a esse assunto, mas sim arremete contra a imprensa, à qual o PT sempre acusou de ter "inventado" muitas das denúncias que levaram ao Mensalão.
"Nem o PT nem o Governo souberam desenvolver instrumentos de comunicação social que fossem capazes de resistir o permanente ofensiva conservadora dos grandes proprietários de diários, rádios e emissoras de televisão", assinala o documento.
Em relação ao Poder Judiciário, e em aparente alusão ao processo que levou à prisão os antigos líderes do PT, o documento diz que a justiça brasileira é "lenta, elitista e pouco transparente", e que é mantida ao serviço "dos interesses privados".