Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR): "vamos fazer de tudo e colaborar para que esta CPI tenha um bom desenvolvimento", disse (Pedro França/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 19h07.
Brasília - Ex-ministra-chefe da Casa Civil e hoje uma das principais vozes do Palácio do Planalto no Congresso, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse na tarde desta quinta-feira que o PT vai apresentar "o mais rápido possível" os nomes que integrarão a CPI da Petrobras. Segundo a petista, a lista com os indicados da sigla possivelmente será anunciada na próxima semana.
"Vamos fazer de tudo e colaborar para que esta CPI tenha um bom desenvolvimento", disse a senadora. Gleisi afirmou que a base aliada "fará um esforço" para manter em funcionamento no Congresso duas comissões: a da Petrobras e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as denúncias envolvendo o cartel de trens em São Paulo. Mais cedo, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), anunciou que a estratégia dos aliados será apoiar a criação de uma CPI mista para investigar o caso Alstom, que sugere o envolvimento de tucanos em São Paulo.
Na tribuna do plenário, o líder do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), reagiu à iniciativa da base aliada. "Eu queria dizer aqui, em alto e bom som: nós não nos intimidamos com isso. Promovam as investigações que quiserem. Aliás, porque não as promoveram antes? Será por que têm receio dos negócios que a Alstom fez no setor elétrico do governo federal? Têm receio de investigarmos os cartéis que ocorreram nos empreendimentos da CBTU?", declarou.
O tucano ressaltou que a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, de determinar a instalação da CPI exclusiva da Petrobras permite que a oposição exerça sua função: a de fiscalizar o governo. "Quem comprou esse peixe podre, Pasadena, não foi a oposição. Foi gente do atual governo. Foi a presidente da República, que não pode se eximir das suas responsabilidades, como, aliás, lembrou-lhe, de uma forma contundente, o ex-Presidente Gabrielli, da Petrobras", afirmou o líder em referência à entrevista José Sérgio Gabrielli ao jornal O Estado de S.Paulo. Na ocasião, Gabrielli disse que Dilma "não pode fugir da responsabilidade" sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA).