João Paulo Cunha (PT-SP): principais lideranças da sigla, contudo, ainda não confirmaram presença no ato para o deputado (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h13.
São Paulo - Enquanto João Paulo Cunha aguarda a expedição do seu mandado de prisão, o diretório municipal do PT de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, marcou para esta quinta-feira, 16, um evento de desagravo ao ex-presidente da Câmara. As principais lideranças da sigla, contudo, ainda não confirmaram presença no ato.
De acordo com o presidente do diretório municipal, José Pedro, a iniciativa servirá para o parlamentar lançar na cidade, seu principal reduto eleitoral, a revista na qual critica o julgamento do mensalão." Ele quer passar a versão dele para as bases da região, colocar a versão dos fatos como ela é", disse José.
O ato está previsto para ser realizado às 18 horas, na Associação Atlética Floresta.
Ainda segundo o diretório municipal, foram convidados para o evento o presidente da sigla, Rui Falcão, o presidente do diretório estadual de São Paulo, Emídio de Souza, além de deputados e vereadores petistas. Até o momento, contudo, apenas seis vereadores do partido em Osasco e o vice-prefeito da cidade, o petista Valmir Prascidelli confirmaram presença.
Contatado pela reportagem, o escritório de João Paulo Cunha não confirmou se ele vai participar do evento, que deve ocorrer mesmo sem a sua presença.
Condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro - crime pelo qual ele teve os embargos infringentes aceitos -, corrupção passiva e peculato, Cunha lançou em dezembro uma revista na qual critica o julgamento do mensalão. Desde então, ele tem aproveitado eventos do partido e até o plenário da Câmara para criticar o processo e, principalmente, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão.
O PT, por sua vez, tem evitado se posicionar publicamente em defesa dos presos no mensalão.
Por decisão do STF, os processos por corrupção passiva e peculato foram considerados transitados em julgado e Barbosa já poderia ter expedido o mandado de prisão de Cunha. O presidente do STF, contudo,saiu de férias sem expedir o mandado de prisão de Cunha. Com isso, o petista só deve ser preso após o ministro voltar do recesso.